A violonista Berta Rojas, de 56 anos, fez história, na noite dessa quinta-feira (17), ao tornar-se a primeira artista do Paraguai a vencer o Grammy Latino, premiação entregue em Las Vegas, nos Estados Unidos. A conquista foi em dose dupla, nas categorias Melhor Álbum de Música Clássica e Melhor Obra/Composição Contemporânea.
Até então, Berta tinha sido indicada três vezes à premiação: em 2012, na categoria Melhor Álbum Instrumental, por “Día y Medio” (gravado com Paquito de Rivera); em 2014, na categoria Melhor Álbum Clássico, por “Salsa Roja”; e em 2015, na categoria Melhor Álbum de Tango, por “Historia del Tango” (gravado com a Camerata Bariloche).
Na edição 2022, a glória maior foi alcançada com “Legado”, que venceu como Melhor Álbum de Música Clássica; e com a faixa “Anido’s Portrait I: Chacarera” (em parceria com o violonista brasileiro Sergio Assad), vencedora do prêmio de Melhor Obra/Composição Contemporânea.
Após saudação em guarani, Berta Rojas agradeceu ao público e aos jurados. “Se estou aqui, é porque antes houve mulheres pioneiras no violão clássico, que pavimentaram o caminho em uma época na qual não era bem-visto que mulheres rodassem o mundo com um violão”, discursou. “Estou emocionada, esse prêmio é para o meu país.”
Atualmente, Berta Rojas vive nos Estados Unidos, onde é professora de música em uma universidade na cidade de Boston. O ano de 2022 vem sendo o melhor de sua extensa carreira, tendo recebido, também, o prêmio “Guitarra de Oro”, oferecido pela Convenção Internacional da Guitarra (viola/violão) em reconhecimento ao conjunto da obra.
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