Greve dos caminhoneiros gera temor de desabastecimento no Paraguai

Durante o fim de semana, houve aumento na procura em postos de combustíveis em Ciudad del Este e municípios vizinhos.

A greve nacional promovida por algumas das principais associações de caminhoneiros do Paraguai entra em sua segunda semana com temor, entre a população, de desabastecimento de combustíveis. No sábado (7) e no domingo (8), houve aumento da procura nos postos de Ciudad del Este e área metropolitana.

De acordo com o jornal La Clave, o movimento foi provocado por boatos, difundidos via WhatsApp e redes sociais, de que estabelecimentos teriam limitado a quantidade por cliente ou já estariam sem diesel ou gasolina. O fim dos estoques foi desmentido pela Associação de Proprietários de Postos de Combustíveis (Apesa, na sigla em espanhol).

Ao longo da Rodovia Internacional PY02 (antiga Ruta VII), os caminhoneiros mantêm pelo menos dois pontos de paralisação no Alto Paraná: no Km 10, perímetro urbano de Ciudad del Este, e no Km 30, em Minga Guazú. Na Supercarretera, paralela ao Lago de Itaipu, há mobilizações em Hernandarias, Santa Fe del Paraná, Itakyry e no acesso a Puerto Indio.

Apesar do acordo celebrado na sexta-feira (6), para permitir a passagem de caminhões-tanque e transportadores com produtos perecíveis, a imprensa local relatou bloqueios e manifestações violentas durante o fim de semana. Segundo o jornal ABC Color, um dos pontos de obstrução foi, justamente, no Km 30 em Minga Guazú.

Lei do Frete

O texto-base do projeto de lei que estabelece uma nova tabela de frete, com mecanismos de reajuste, foi aprovado no Senado na última quinta-feira (5), devendo voltar à pauta da Casa na sessão marcada para amanhã (10), para a discussão dos detalhes finais. A etapa seguinte será a tramitação, em regime de urgência, na Câmara dos Deputados.

As principais queixas dos motoristas devem-se à defasagem nos preços, que não acompanharam fatores como a alta do diesel. Por outro lado, entidades como a Federação das Cooperativas de Produção (Fecoprod) questionam a legalidade da matéria, argumentando que alguns dos artigos seriam inconstitucionais.

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