Servidores da Receita Federal do Brasil (RFB), representados pelo Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais (Sindifisco), estão reduzindo as atividades de liberação de cargas e encomendas em portos, aeroportos e alfândegas fronteiriças de todo o Brasil.
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O motivo do protesto é o impasse entre a categoria e o governo federal por temas como o pagamento de um bônus de produtividade aos auditores, já definido em lei.
Em Foz do Iguaçu, cuja fronteira com Ciudad del Este (Paraguai) e Puerto Iguazú (Argentina) concentra o porto seco com maior movimentação de cargas do país, a perspectiva é de atraso na liberação dos caminhões que chegam à região.
Pelo menos até sexta-feira (26), a prioridade será para o desembaraço de carregamentos com produtos perecíveis, inflamáveis e itens essenciais, como medicamentos e insumos médicos. Já as demais cargas terão de aguardar a retomada das liberações.
O protesto acontece também em locais como o Porto de Santos e os aeroportos do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, conforme listagem divulgada no site do Sindifisco Nacional.
Em nota aos veículos de comunicação, a Superintendência da 9.ª Região Fiscal da RFB, que abrange Paraná e Santa Catarina, informa que o impacto “tem sido variável de acordo com o grau de adesão dos servidores ao movimento em cada localidade e também com os processos de trabalho desenvolvidos em cada local”.
“A Superintendência da Receita Federal na 9ª Região tem envidado esforços para buscar uma solução para esta situação, buscando a volta à normalidade na instituição, ao mesmo tempo em que busca assegurar que os serviços essenciais sejam prestados à população como prevê a legislação”, complementa o órgão.
É só o governo cumprir o acordo firmado há 7 anos com os Auditores-Fiscais que são os menos remunerados em comparação com os Fiscos dos Estados.