Governo argentino quer restringir viagens de turismo ao exterior, em especial ao Brasil

O medo é da nova cepa de coronavírus, que prolifera por aqui. Há mais de 7 mil argentinos no exterior, no momento.

Nesta sexta-feira, dia 12, quando vence o decreto sobre o fechamento das fronteiras argentinas e as normas para argentinos viajarem ao exterior, deve sair um novo documento do governo com medidas mais restritivas para sair ou entrar no país.

A Argentina mantém suas fronteiras terrestres fechadas para os estrangeiros, mas autoriza a chegada de voos a Buenos Aires, com exceção dos procedentes do Reino Unido. Para os Estados Unidos, México e Europa, o decreto assinado pelo governo em 21 de fevereiro reduziu a frequência dos voos para 30%; voos de e para o Brasil foram reduzidos em 50%.

Os estrangeiros não podem entrar no país, salvo em casos expressamente autorizados pelo setor de Migrações, que poderá permitir a entrada por questões de reunificação familiar, de trabalho ou de saúde.

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Para os argentinos, com exceção do Reino Unido, não há restrições para entrar ou sair do país pelos aeroportos de Ezeiza e San Fernando, segundo o decreto vigente. É isso que pode mudar, a partir desta sexta-feira.

Por via terrestre, só podem voltar ao país os argentinos que saíram entre abril e 25 de dezembro do ano passado. A partir daquela data de saída, o retorno é só por via aérea, apresentando PCR negativo e cumprindo quarentena obrigatória de sete dias.

Agora, a intenção do governo é desestimular as viagens para regiões com circulação de novas variantes do coronavírus, principalmente a cepa de Manaus, do Brasil, ainda muito restrita na Argentina, e da Inglaterra, com cinco casos registrados no país vizinho. A variante sul-africana ainda não circula na América Latina.

O temor de uma segunda onda de covid-19 no país, possivelmente mais perigosa devido às novas variantes do vírus, deve fazer com que o decreto restrinja as viagens de argentinos ao exterior, em especial para o Brasil, e criar novas regras para o regresso dos cerca de 7 mil argentinos que estão em viagem a outros países.

Para esses viajantes, deverá ser imposto um isolamento por 10 dias, com liberação após PCR negativo. Ou, sem o PCR, que a quarentena seja de 14 dias.

“Até o momento não há circulação comunitária de nenhuma dessas variantes na Argentina, mas há preocupação porque no Chile, Paraguai e Uruguai os casos estão aumentando”, explicou o secretário de Saúde de Buenos Aires, Daniel Gollan, depois de uma reunião com representantes do Ministério da Saúde e das secretarias de saúde das províncias, por videoconferência.

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