E estabelece algumas datas, mas que ainda dependem de acertos com a Migração e outros setores.
O governo argentino finalmente cede e fixa as possíveis datas para a reabertura “gradual e cuidadosa das fronteiras”, dentro das novas medidas sanitárias em vigor a partir desta terça-feira, 21.
O anúncio foi feito nesta manhã de terça, pela ministra da Saúde, Carla Vizzoti, e pelo chefe de Gabinete do governo, Juan Manzur (o cargo equivale ao de chefe da Casa Civil, no governo brasileiro).
Não por acaso, o anúncio das novas medidas sanitárias ocorre um dia depois de o governo dar posse a seis novos ministros, a partir da crise política provocada pelo resultado negativo obtido nas eleições primárias de 12 de setembro.
As primárias escolheram os partidos e candidatos que vão disputar as eleições parlamentares de 14 de novembro, em que o governo aposta tudo para continuar com maioria favorável na Câmara e no Senado.
CHEFE DE GABINETE
Uma das mudanças mais importantes foi justamente a da chefia de Gabinete, agora ocupado pelo até então governador da província de Tucumán, Juan Manzur.
Ainda na segunda-feira, Manzur recebeu seu colega da província de Misiones, Oscar Herrera Ahuad, que aproveitou para apresentar reivindicações, entre elas a abertura da fronteira entre Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu.
“FINAL DA PANDEMIA“
Mal assumiu o cargo, Manzur se reuniu com a ministra da Saúde e ambos concordaram que os números de contágios e de mortes por covid-19 já permitem antever que “estamos transitando no final da pandemia”, como ele afirmou em entrevista coletiva.
Com base na redução de casos, na demora de ingresso da variante Delta do coronavírus e do avanço sustentável do plano de vacinação, o governo argentino decidiu flexibilizar as restrições que existiam até hoje, eliminando a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre e liberando reuniões, sem fixar um máximo de pessoas.
A ministra da Saúde destacou que a Argentina “tem sido exitosa em conter o ingresso da variante Delta”, que era uma das maiores preocupações das autoridades do país, conforme a Agência Télam.
A partir desta terça, portanto, estão liberadas todas as atividades econômicas, industriais, comerciais, de serviços, religiosas, desportivas, recreativas e sociais, em lugares fechados, desde que sejam mantidas as medidas de prevenção, como uso de máscaras, distanciamento e ventilação adequada.
As discotecas poderão funcionar com 50% do público normal, mas constituído apenas por pessoas com esquema completo de vacinação.
Para bailes, festas ou atividades similares, será exigida vacinação completa ou uma dose da vacina mais teste PCR com 48 horas de antecedência.
FRONTEIRAS
Para nós, em Foz do Iguaçu, importa mais a questão da reabertura de fronteiras. Em relação às datas divulgadas, elas ainda dependem de aprovação do setor de Migrações, da Agência Nacional de Aviação Civil e de outras autoridades.
Ponto por ponto, o que foi decidido ou anunciado, com a ressalva acima, sobre as datas:
24 de setembro: fim do asilamento de argentinos, residentes ou estrangeiros que entrem no país a trabalho e tenham autorização da autoridade migratória.
1º de outubro: autorização para ingresso de estrangeiros dos países limítrofes, sem exigência de isolamento. Abertura de fronteiras terrestres, a pedido dos governadores das províncias, com corredores seguros aprovados pela autoridade sanitária, com quota definida pela capacidade de cada jurisdição.
Entre 1º de outubro e 1º de novembro, incremento das quotas de ingresso, progressivamente, em todos os corredores seguros, aeroportos, portos e fronteiras terrestres.
1º de novembro: autorizado o ingresso de todos os estrangeiros.
EXIGÊNCIAS
Para entrar no país, o visitante precisará cumprir protocolos sanitários:
Esquema de vacinação completo, com data da última aplicação pelo menos 14 dias antes da chegada ao país.
Teste de PCR negativo nas 72 horas prévias ao embarque ou teste de antígeno no ponto de ingresso, conforme definir a autoridade sanitária.
Teste de PCR entre 5 e 7 dias depois de chegar ao país ou conforme seja definido pela autoridade sanitária.
As pessoas que não apresentarem esquema de vacinação completo, incluindo os menores de idade, deverão fazer quarentena, testar para antígeno ao entrar e fazer teste de PCR até o sétimo dia.
VACINAÇÃO
O governo argentino anunciou, também, que no momento em que o país atingir 50% da população completamente imunizada, deixará de exigir teste de antígeno no ingresso (a não ser para os não vacinados) e o PCR entre cinco e sete dias depois da chegada ao país.
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