Reabrir as fronteiras terrestres é uma decisão que compete ao governo federal argentino, em Buenos Aires. Entretanto, no que depender do governador de Misiones, Oscar Herrera Ahuad, qualquer novo movimento precisará estar vinculado a uma série de condições, que ainda não foram alcançadas.
Em declarações dadas por videoconferência e reproduzidas por veículos de comunicação como o portal La Voz de Cataratas, Ahuad afirmou que, por mais que a situação da pandemia esteja considerada sob controle na província onde fica a cidade de Puerto Iguazú, outros aspectos devem ser levados em conta.
“Algumas patologias críticas ficaram desatendidas e foram postergadas. Há pacientes esperando. Temos que resolver essas questões, o que não acontecerá da noite para o dia, porque estamos equilibrando o sistema sanitário”, avaliou o governador, em alusão aos exames e cirurgias que ficaram em segundo plano desde o início da pandemia.
Atualização – 10/8: Para governador, reabertura da fronteira pode começar por Puerto Iguazú.
“Recém nessas últimas duas semanas estamos vendo uma queda consistente na ocupação de leitos de UTI. Nosso indicador, além do percentual de vacinação, considera a ocupação de leitos. Hoje temos uma ocupação que é ideal, mas a abertura da fronteira pode fazer com que pessoas de outros países procurem o sistema sanitário de Misiones”, complementou.
A preocupação maior de Ahuad é em relação à capital Posadas, onde parte da demanda de atendimento é de moradores da cidade paraguaia de Encarnación, do outro lado do Rio Paraná. Na fronteira entre Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu, a situação é inversa, com muitos argentinos fazendo a travessia para tratamento no lado brasileiro.
Por enquanto, ainda não há previsão de data para a retomada da circulação de viajantes e moradores fronteiriços pela Ponte Tancredo Neves. Nesta semana, o ministro do Turismo da Argentina, Matías Lammens, deu declarações avaliando que a decisão ficará para o último trimestre, a depender do avanço na imunização.
Entre as prováveis exigências argentinas para voltar a permitir a entrada de estrangeiros nos aeroportos, portos e fronteiras terrestres, a apresentação de certificados de vacinação ou exames do tipo RT-PCR com resultado negativo. Até o momento, pouco mais de 14% da população do país já recebeu duas doses de imunizantes contra a covid-19.
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