GAECO cumpre 15 mandados de prisão contra policiais militares na fronteira

Os agentes são acusados de ficar com mercadorias trazidas de forma irregular do Paraguai, com liberação das pessoas abordadas.

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Os agentes são acusados de ficar com mercadorias trazidas de forma irregular do Paraguai, com a liberação das pessoas abordadas.

Agentes do Núcleo Regional do GAECO de Foz do Iguaçu (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Paraná, foram às ruas na manhã desta quarta-feira, 30, para realizar a “Operação “Desviados II”. Foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e suspensão do exercício das funções públicas de policiais militares. Também foram executados 23 mandados de busca e apreensão.

As medidas foram executadas nas cidades de Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Missal e Cláudia (MT). Uma dessas ordens judiciais foi cumprida na 2ª Companhia da Polícia Militar de Medianeira (PR).

O GAECO de Foz do Iguaçu afirmou que os militares são acusados de suposta prática de delitos como “organização criminosa, peculato, prevaricação e falsidade ideológica”. “Todos os alvos são Militares lotados, à época dos fatos, na precitada Companhia da Polícia Militar”, informou o órgão.

Segundo o grupo de atuação especial do Ministério Público do Paraná, os policiais militares, alvos da “Desviados II”, teriam utilizado suas funções públicas para abordar pessoas com mercadorias trazidas do exterior, especialmente do Paraguai. São produtos sem o devido recolhimento de tributos.

Sustenta o GAECO que os policiais são acusados de “se apropriarem indevidamente de parte ou totalidade dos produtos, com liberação do abordado, incidindo, assim, nos crimes militares de peculato e prevaricação”.

Para simular a legalidade das abordagens, os servidores “registravam boletins de ocorrência ideologicamente falsos, com informações genéricas, sem a descrição pormenorizada dos produtos apreendidos, o que lhes facilitava o suposto desvio de parte ou totalidade da carga”, sublinha o GAECO.

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