Funcionários da aduana argentina fazem assembleia nesta quinta-feira (14)

Encontro sindical está marcado para as 16h; servidores cobram ampliação das equipes e melhorias nas condições de trabalho.

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Encontro sindical está marcado para as 16h; servidores cobram ampliação das equipes e melhorias nas condições de trabalho.

Funcionários da Direção Nacional de Migrações (DNM), da Argentina, marcaram para a tarde desta quinta-feira (14), às 16h, uma assembleia-geral da categoria em Puerto Iguazú, para reivindicar, entre outros pontos, o reforço das equipes de fiscalização na aduana da Ponte Tancredo Neves, limite com Foz do Iguaçu.

O encontro é organizado pela Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), regional Iguazú. Além do pedido de envio de mais servidores para diminuição da demora na travessia da fronteira, os funcionários cobram melhorias nas condições de trabalho e na remuneração paga pelo órgão federal.

Em abril, os trabalhadores da DNM deflagraram uma operação-padrão, com incrementos pontuais na fiscalização, como forma de pressionar o governo argentino. Na assembleia desta quinta, por sua vez, serão discutidos os passos seguintes do movimento, o que pode incluir, até mesmo, bloqueios totais ou parciais na aduana de Puerto Iguazú.

A lentidão para entrar ou sair da Argentina intensificou-se nos últimos dias devido ao início da temporada de férias de inverno, o que tem trazido milhares de turistas brasileiros e argentinos à região fronteiriça. O aumento na circulação de visitantes, porém, não foi acompanhado por reforços nas equipes de controle, acentuando o problema das filas.

Em declarações à Radio Yguazú, o presidente da Câmara de Comércio de Puerto Iguazú, Joaquín Barreto, avaliou que a titular da DNM, Florencia Carignano, parece desconhecer a realidade da região. “Ela toma decisões com base nos relatórios que recebe, mas não conhece a situação em que estamos trabalhando”, disse.

A entidade empresarial defende a criação de um “corredor turístico” na Ponte Tancredo Neves. A proposta é que turistas que desejam ir apenas a Puerto Iguazú, para voltar ao Brasil ou ao Paraguai em menos de 24 horas, estejam isentos da fiscalização na fronteira. Até o momento, não há resposta do governo argentino.

Falta de estrutura

Também à Radio Yguazú, a guia de turismo Vivian Sánchez, residente em Foz do Iguaçu, queixou-se da falta de estrutura na aduana de Puerto Iguazú. Segundo Sánchez, além da demora, há dias em que “não há papel higiênico nos banheiros, às vezes não há água ou o banheiro está fechado. É uma vergonha”.

“Como fazer o cliente entender que vai estar duas horas na fila, esperando para poder cruzar a fronteira, sendo que, por exemplo, a pessoa saiu às 7h30 e vai chegar ao Parque Nacional Iguazú só perto das 11h?”, questionou a guia. “Anualmente, veículos de turismo pagam uma taxa para passar por uma via supostamente mais rápida, mas não vemos isso.”

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