Dados da Direção Nacional de Migrações (DNM) apontam que o fluxo já supera o do Aeroporto Internacional de Ezeiza, até então, a principal porta de entrada de turistas.
As longas filas para entrada e saída da Argentina, agravadas pelo início da temporada de férias de inverno, não seriam apenas culpa do rigor da fiscalização e da estrutura considerada inadequada na aduana de Puerto Iguazú. No entender da Direção Nacional de Migrações (DNM), um novo fator deve ser considerado.
Em declarações reproduzidas pelo portal Misiones Online, Esteban Moreno, diretor de Controle Terrestre da DNM, informou que a fronteira Argentina–Brasil entre Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu tornou-se o ponto de entrada mais movimentado do país, superando, até mesmo, o ingresso de turistas pelo Aeroporto Internacional de Ezeiza, na região de Buenos Aires.
“Estamos na alta temporada, com um incremento exponencial de trânsito. Atualmente, temos mais de 31 mil ingressos diários por Puerto Iguazú, o dobro das entradas por Ezeiza. Esse incremento ocorreu em pouquíssimos dias”, argumentou Moreno, negando, no entanto, que exista problema de falta de pessoal para os controles de entrada e saída.
“Estamos bem em relação a pessoal. É um ponto fronteiriço que tem seus horários de pico, quando pode ocorrer um pouco mais de congestionamento. Estamos girando o pessoal para que atenda nos setores onde o trânsito está maior e diminua o tempo”, afirmou o diretor, citando que a equipe é composta por 113 funcionários, além de “extras”.
As explicações de Moreno, contudo, foram recebidas com ceticismo em Puerto Iguazú. Na quinta-feira (14), os funcionários da DNM na fronteira participaram de uma assembleia sindical e reivindicaram, entre outras pautas, reforço de pessoal para os turnos de trabalho e melhorias na estrutura do Centro de Fronteira.
Por sua vez, Martín Arjol, deputado federal pela província de Misiones, enviou um ofício à diretora-geral da DNM, Florencia Carignano, cobrando providências imediatas para agilizar o fluxo na Ponte Tancredo Neves. “Pedimos uma solução para o momento. A solução de fundo é a implantação do ‘corredor fronteiriço’”, defendeu Arjol, citado pela Radio Yguazú.
A proposta do “corredor turístico”, impulsionada por entidades como a Câmara de Comércio de Iguazú (CCI), prevê que turistas que queiram ir somente a Puerto Iguazú, para ficar menos de 24 horas, passem direto pela fronteira, com fiscalização por amostragem. Em ocasiões anteriores, o governo federal argentino demonstrou-se contrário à ideia.
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