Localizado na fronteira com o Brasil e o Paraguai, o departamento (estado) de Alto Paraná, cuja capital é Ciudad del Este, concentra cerca de 50% dos novos investimentos industriais no Paraguai. Foi o que revelou, em declarações reproduzidas pelo jornal La Nación, o vice-ministro da Indústria, Francisco Ruiz Díaz.
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Segundo Ruiz Díaz, a proximidade com o Brasil e a possibilidade de que mercadorias sejam fabricadas no Paraguai e exportadas ao interior do bloco, com alíquota zero ou taxas reduzidas, estão entre os principais fatores que levam empresários brasileiros, argentinos e asiáticos a considerar a abertura de fábricas.
A industrialização auxilia no processo de reconversão da economia local. “Temos o caso de Ciudad del Este, onde o conceito que havia anteriormente era de um lugar de pirataria e falsificação. No entanto, estamos vendo a aparição de indústrias de grande porte, que potencializam o desenvolvimento industrial”, afirmou o vice-ministro.
Ruiz Díaz citou casos como a instalação de uma fábrica de petiscos para animais de estimação, com potencial de geração de 500 empregos diretos, em Naranjal, município rural ao sul da fronteira com Foz do Iguaçu. Da mesma forma, cidades com o predomínio do agronegócio, como Santa Rita, também estão no radar dos investidores.
“O Alto Paraná já desenvolveu bastante seu setor industrial em diferentes municípios, como Minga Guazú, Presidente Franco e Ciudad del Este. Agora, estamos tendo notícias de que muitas empresas estão indo para Santa Rita e Naranjal, o que é muito bom”, comemorou o vice-ministro.
Para potencializar o setor industrial, o Paraguai oferece vantagens como o regime de maquila, que tem como base a montagem e o acabamento de produtos feitos com matéria-prima importada. Abundância de mão de obra jovem e baixos custos de energia elétrica são outros dos fatores frequentemente citados pelos investidores.
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