Fronteira reunirá agentes públicos para debater abertura da Ponte da Integração Brasil-Paraguai

O Codetri, Conselho de Desenvolvimento Trinacional, quer soluções concretas para começar a passagem de veículos pela via, concluída ano passado.

O movimento pela abertura da Ponte Internacional da Integração Brasil-Paraguai ganha força. Como nova ação, o Codetri (Conselho de Desenvolvimento da Região Trinacional do Iguassu) irá reunir agentes públicos na fronteira para discutir medidas concretas para liberação da via ao tráfego de veículos.

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Os encontros estão sendo organizados em Ciudad del Este, Foz do Iguaçu e Presidente Franco, decididos após reunião do conselho e segunda visita técnica às obras complementares da ponte no Paraguai, na primeira quinzena do mês. A agenda colocará à mesa autoridades que tenham relação com as obras ou com os serviços e os instrumentos de controle que irão operar na via, ou que possam contribuir com a campanha.

A comitiva trinacional voltou a percorrer as obras em Presidente Franco, atualizando as informações e o calendário de execução com o engenheiro Jorge Garcia, da Tocsa, empresa responsável pelas edificações na área primária. Ele confirmou que até outubro ficarão prontas as estruturas fronteiriças de cargas e turismo.

“Vamos reunir ocupantes dos governos e dirigentes de instituições públicas para sentar com a sociedade civil e empresários a fim de apontarmos quais são os entraves e as soluções a adotar para abrir a ponte”, explica o presidente do Codetri, Roni Temp. “E será o momento para que os representantes políticos hipotequem o apoio à causa”, frisa.

Reunião junto aos Saltos Monday, em Presidente Franco, definiu ações pela abertura da Ponte da Integração – foto: Divulgação


O conselho pede que Brasil e Paraguai entrem em acordo e ajustem fluxos para permitir a passagem de veículos com um ano de antecedência. Com a estrutura no país vizinho pronta no segundo semestre, será possível iniciar o tráfego, usando, na parte brasileira, a estrutura da aduana que leva à Argentina, propõe o colegiado fronteiriço.

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) comunicou o término da Ponte da Integração Brasil–Paraguai, sobre o Rio Paraná, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco, em agosto do ano passado. As obras começaram em 2019 e custaram R$ 230 milhões, conforme o órgão estadual, que administrou a execução do serviço.

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Aliança trinacional

Em Presidente Franco, o movimento pela abertura da Ponte da Integração já conta com o apoio do prefeito Roque Godoy e das legisladoras departamentais (similares no Brasil a deputadas estaduais) de Alto Paraná Julia Ferreira e Mabel Otazú. Entre os desdobramentos do encontro, a representação parlamentar que integrou a reunião do Codetri está fazendo a mediação com o governo do departamento (estado), alinhando informações e demandas.

“Estamos conseguindo demonstrar para a sociedade a importância das Três Fronteiras verdadeiramente integradas”, avalia o presidente do Codefran, Ivan Leguizamón. “Temos as ‘Cataratas de Presidente Franco’ e outros atrativos. Com a ponte aberta, teremos não três, mas quatro destinos turísticos, um fortalecendo o outro e gerando desenvolvimento.”

Codetri defende a abertura da ponte para veículos no segundo semestre – foto: Divulgação

Em Ciudad del Este, o Conselho de Desenvolvimento reforça a importância da campanha para a região trinacional. “Expressamos o nosso apoio total ao movimento, que veio para construir. No Paraguai, além dos benefícios para Presidente Franco, essa abertura irá desafogar o fluxo na Ponte da Amizade”, enfatiza a presidente do Codeleste, Natalia Duarte.

Presidente do Codefoz, Fernando Castro Alves afirma que o movimento busca resgatar a principal função da ponte: a integração. “Essa via, aguardada por tanto tempo pela comunidade trinacional, não pode permanecer sendo usada apenas para fotografias. Sua finalidade é integrar as nossas cidades e povos, gerar oportunidades e renda”, cobra.

(Com informações do Codetri)

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