Representantes do governo federal argentino e da província de Misiones firmaram, nessa quarta-feira (14), convênio para fortalecer a fiscalização fronteiriça e promover melhorias na estrutura de locais como a aduana da Ponte Tancredo Neves e o terminal fluvial de Puerto Iguazú. Não há, porém, previsão de data para a reabertura da fronteira.
O documento leva a assinatura da ministra da Segurança, Sabina Frederic, e do governador Oscar Herrera Ahuad, além do secretário (ministro) provincial de Governo, Marcelo Pérez. Á área de abrangência é a fronteira delimitada pelos rios Iguaçu (com o Brasil) e Paraná (com o Paraguai).
O acordo inclui a cessão de um terreno pelo governo local para ampliar a estrutura do Paço Fronteiriço da Ponte Tancredo Neves, visando a tornar a travessia mais ágil quando for autorizada a reabertura. Atualmente, apenas o trânsito de caminhões é permitido entre Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu.
Já o porto fluvial receberá melhorias físicas e de tecnologia, pensando no futuro uso turístico do local. Em tempos sem pandemia, o terminal é o ponto de chegada ou partida das balsas que fazem a conexão com Presidente Franco (Paraguai), cujo porto fica no Rio Paraná, em frente à foz do Rio Iguaçu.
Puerto Iguazú tem a fronteira terrestre mais movimentada da Argentina, pela qual trafegavam, antes da pandemia, em média 12 milhões de pessoas por ano. A licitação das obras estará a cargo do governo federal argentino, com previsão de início ainda no segundo semestre.
Porosidade
Um episódio até mesmo “anedótico” ganhou destaque na imprensa do país vizinho nessa quarta-feira, após um vídeo do canal TyC Sports, que acompanhava ao vivo a festa dos torcedores argentinos em Copacabana pela conquista da Copa América de futebol, viralizar nas redes sociais.
Um dos entrevistados, talvez sem se dar conta de que estava publicamente confessando uma ilegalidade, disse que saiu da cidade de Zárate, pegou um voo até Puerto Iguazú e atravessou de lancha até Foz do Iguaçu, de onde seguiu até o Rio de Janeiro para assistir à decisão. Questionado sobre como faria para voltar, o torcedor desconversou: “Depois te conto”.
Desde o fechamento da fronteira, em março de 2020, atividades legais como o turismo foram completamente interrompidas, enquanto o contrabando “formiga” de produtos como vinhos, azeites e pescados ganhou novo fôlego pelos rios ou em pontos menos vigiados da linha entre Misiones, Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina.
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