Fiscais argentinos anunciam “operação tartaruga” na Ponte Tancredo Neves

Promessa é de intensificar o protesto no sábado (23), tornando mais lenta a travessia fronteiriça entre Foz e Puerto Iguazú.

Promessa é de intensificar o protesto no sábado (23), tornando mais lenta a travessia fronteiriça entre Foz e Puerto Iguazú.

Em pleno feriado prolongado de Tiradentes, quem for a Puerto Iguazú neste sábado (23) poderá encontrar um motivo a mais para lentidão na travessia da Ponte Tancredo Neves. Funcionários da Direção Nacional de Migrações (DNM) anunciaram uma “operação tartaruga”, para cobrar do governo argentino pautas como melhorias salariais.

O protesto foi definido em assembleia da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE-Misiones), na noite de quarta-feira (20). Funcionários lotados em todos os postos fronteiriços da província de Misiones com o Brasil e o Paraguai concordaram com a adoção de medidas para demonstrar o descontentamento da categoria.

Utilidade pública: requisitos atualizados para entrar na Argentina por Puerto Iguazú.

Desde quinta-feira (21), procedimentos como um rigor maior na verificação dos documentos de quem entra ou sai da Argentina estão sendo aplicados em locais como a fronteira entre Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú, além da Ponte San Roque González de Santa Cruz, que liga a capital da província, Posadas, à cidade paraguaia de Encarnación.

Fontes da imprensa de Misiones, como os jornais El Territorio e Primera Edición, informam que as huelgas de celo (expressão argentina para “operação-padrão” ou “operação tartaruga”) serão intensificadas no sábado, dia de maior movimento para a travessia fronteiriça.

“Isso inclui ameaça de bloqueio das passagens fronteiriças de Posadas/Encarnación e Puerto Iguazú/Foz do Iguaçu”, escreve o El Territorio, reproduzindo comunicado no qual os funcionários ligados à ATE-Misiones afirmam que tomarão “todas as medidas necessárias” para que tenham suas reclamações atendidas.

Entre os pontos de descontentamento citados pelos trabalhadores, a defasagem dos salários da categoria em relação à inflação, a demissão de funcionários sem justa causa durante a pandemia, e a necessidade de construir um novo acordo coletivo de trabalho e de melhorar as condições laborais nos postos fronteiriços.

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