Filas na fronteira com a Argentina geram queixas generalizadas

Demora chega a ser superior a quatro horas para a travessia da aduana da Ponte Tancredo Neves, em Puerto Iguazú.

O período de alta temporada turística nos três países da fronteira, trazido pelo recesso escolar de julho, está fazendo com que o movimento de turistas seja ainda maior na Ponte Tancredo Neves, fronteira entre Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú. Na aduana argentina, a demora para a fiscalização tem provocado filas quilométricas.

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Na última terça-feira (18), veículos de comunicação do Brasil e da Argentina repercutiram críticas de viajantes que passavam pela região e informaram espera de até sete horas para o controle migratório em Puerto Iguazú. Conforme os relatos, só duas cabines estavam abertas no sentido Foz do Iguaçu, o que gerou fila quilométrica na Rodovia Nacional 12.

O problema é antigo e carece de solução permanente. Na atual temporada de férias, órgãos como a Direção Nacional de Migrações (DNM), responsável por controlar a documentação de quem entra e quem sai da Argentina, anunciaram reforços nas equipes, levando em conta o fato de que Puerto Iguazú é a fronteira terrestre mais movimentada do país.

Tais reforços, contudo, não chegam a preencher todas as cabines disponíveis e têm sido insuficientes para reduzir as filas, que ocorrem tanto para entrar na Argentina como para retornar ao Brasil.

Fila na aduana argentina na manhã desta quinta-feira (20), conforme registro da camada “Trânsito” do serviço Google Maps.

Corredor turístico

Em Puerto Iguazú, a percepção das entidades empresariais e do poder público local é a de que tal situação prejudica a economia da cidade e as relações com os moradores dos países vizinhos, que passam a evitar a travessia, temendo perder horas nos estéreis congestionamentos fronteiriços.

A Câmara de Comércio de Iguazú, por exemplo, defende a criação de um “corredor turístico”, no qual moradores da região e turistas que queiram ficar apenas algumas horas em território argentino sejam abordados por amostragem. Outra proposta é a transferência do local de fiscalização, deixando um corredor livre entre Foz e Puerto Iguazú.

As decisões competem ao governo federal argentino, que tem recusado os pedidos de mudanças no controle das fronteiras e acenado, somente, com medidas como o envio temporário de equipes extras e a disponibilização de recursos para a construção de mais cabines e para a compra de equipamentos de leitura automatizada dos documentos.

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3 Comentários
  1. Luciano Diz

    Tive nessa fila vergonhosa, duas horas e meia pra entrar e 4 horas pra sair, descaso total apenas duas cabines pra fazer o controle, fica feio até pra foz do Iguaçu, havia turistas revoltados com o acontecido, ainda escutei se tem pressa vem mais cedo ou atravessa a nado, simplesmente nunca mais….

  2. Alex Diz

    Por isso que não vou na Argentina desde que foi declarado o início da pandemia.
    Se continuar essa zona, nunca mais volto. Não vou deixar o governo argentino me fazer de palhaço com esse tempo de espera na fila.

  3. Ricardo Diz

    Tem é que boicotar é deixar de frequentar esse local ! Passa dos limites a falta de respeito com os turistas,onde já se viu ficar mais de 4 horas para entrar e mais 5 horas para sair e isso ainda injetando dinheiro nosso no país deles ! Não volto mais !

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