Presidente de entidade hoteleira avalia que a cidade perde oportunidades devido à demora na travessia fronteiriça.
A quem interessa as filas na cabeceira argentina da Ponte Tancredo Neves? Aos empresários de Puerto Iguazú, certamente, não. O problema é antigo e fica ainda mais evidente em períodos de alta temporada turística ou em feriados prolongados, quando entrar ou sair da Argentina costuma ser um exercício de paciência.
Em entrevista à Radio Yguazú Misiones, o presidente da Associação Hoteleira, Gastronômica e Afins de Puerto Iguazú (AHGAI), Diego Bruno, queixou-se da demora e disse que a prioridade central da entidade é buscar uma solução para que a passagem pela aduana argentina seja mais rápida para turistas e moradores da fronteira.
“É uma situação muito triste, faz com que os cidadãos de Puerto Iguazú, da província de Misiones e do país percam recursos econômicos e oportunidades, porque são turistas e moradores das cidades fronteiriças que querem vir gastar na nossa cidade, e nós estamos bloqueando essa possibilidade”, afirmou.
Uma das propostas da entidade, em conjunto com outros setores, é a implementação de um corredor turístico similar ao que existe entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este. Com o corredor, o rigor da fiscalização seria aplicado, apenas, às pessoas que pretendessem viajar além do limite de 30 quilômetros da ponte fronteiriça.
“A verdade é que não estamos entendendo que hoje temos duas situações muito favoráveis. A primeira é a diferença no câmbio, que nos favorece. A segunda é que tanto nossos vizinhos do Paraguai como do Brasil também apoiam esse pedido”, analisou o empresário, na entrevista que pode ser conferida na íntegra, em espanhol, clicando aqui.
Desde a inauguração da Ponte Tancredo Neves, em 1985, inúmeras ideias já foram apresentadas para agilizar a travessia, como a confecção de cartões de identidade fronteiriça para que os moradores passem por pistas exclusivas, com menor burocracia. A ampliação das equipes de atendimento é outro pedido que ressurge de tempos em tempos.
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