Assassinos de jovem de origem paraguaia são condenados na Argentina

Fernando Báez Sosa foi agredido por oito indivíduos; cinco deles foram sentenciados a prisão perpétua.

Foi anunciada, nessa segunda-feira (6), em Dolores, na Argentina, a sentença para os oito acusados de participação no assassinato de Fernando Báez Sosa, de 18 anos, ocorrido na madrugada de 18 de janeiro de 2020, na cidade litorânea de Villa Gesell. Cinco foram condenados a prisão perpétua; e três, a 15 anos de reclusão.

A leitura da decisão, redigida pelos juízes Christian Rabaia, Emiliano Lazzari e María Claudia Castro, foi transmitida ao vivo por canais de televisão da Argentina e do Paraguai. De origem paraguaia, Fernando saía de uma danceteria quando foi cercado pelos agressores, que teriam, segundo testemunhas, dito insultos xenofóbicos e racistas.

Máximo Thomsen, de 23 anos, Ciro Pertossi, 22, Enzo Comelli, 22, Matías Benicelli, 23, e Luciano Pertossi, 21, foram condenados a prisão perpétua por homicídio duplamente qualificado, enquanto Blass Cinalli, 21, Ayrton Viollaz, 23, e Lucas Pertossi, 23, apontados como coparticipantes, receberam sentença de 15 anos de reclusão.

Conforme a legislação argentina, a condenação a prisão perpétua poderá ser extinta após 50 anos, tempo máximo previsto para a permanência no sistema prisional. A partir dos 35 anos de reclusão, por sua vez, o detento estará apto a requerer a liberdade condicional.

Em declarações à imprensa, os advogados da família Báez Sosa afirmaram que recorrerão da sentença mais leve aplicada a três dos réus. “Perdoá-los é muito difícil”, disse Graciela Sosa, mãe de Fernando. “Estamos de acordo com a pena de prisão perpétua, pois nossa dor também será perpétua.”

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