Funcionários da Administração Nacional de Eletricidade (Ande) do Paraguai detectaram, na zona rural de Sapucái, município do departamento (estado) de Paraguarí, uma conexão clandestina à rede elétrica, usada para furtar grande quantidade de energia.
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De acordo com a empresa, cuja ação para a retirada do “gato” contou com o apoio do Ministério Público do Paraguai, a irregularidade foi detectada em uma fazenda registrada em nome do ex-deputado governista Miguel Cuevas, do Partido Colorado.
A respeito, representantes de Cuevas negaram que o político tivesse conhecimento da estrutura irregular, apresentando contrato de aluguel do imóvel a uma cidadã de nacionalidade paraguaia, que seria a responsável pelos equipamentos apreendidos.
No total, foram recolhidos 396 computadores utilizados para a mineração de criptomoedas, além de um transformador com capacidade suficiente de prover energia para grande parte de Sapucái, cidade com cerca de sete mil habitantes.
Segundo a Ande, a perda provocada pela conexão clandestina, em um período aproximado de seis meses, é de cerca de G$ 5 bilhões (R$ 3,4 milhões), a título de energia não faturada.
A companhia pede ao Ministério Público que indicie os responsáveis por subtração ilegal de energia elétrica, perturbação do serviço público e sabotagem.
“A Ande continua firme em seu combate frontal às conexões clandestinas e ao uso indevido da energia elétrica, ações que ocasionam importantes prejuízos econômicos e afetam o funcionamento adequado do sistema elétrico”, afirma a estatal em nota divulgada à imprensa.
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