Ex-promotor antidrogas é encontrado morto no Paraguai

Corpo de Javier Ibarra estava no interior da residência dele, em San Lorenzo, com duas perfurações por arma de fogo.

Polícia Nacional e Ministério Público do Paraguai estão investigando a morte do ex-promotor antidrogas e ex-vice-ministro de Segurança Interna do país Javier Ibarra. O corpo foi encontrado nessa sexta-feira (25), no interior de sua residência em San Lorenzo, região metropolitana de Assunção.

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Conforme os jornais Última Hora e La Nación, o falecimento foi provocado por dois disparos de arma de fogo na altura da cabeça. Uma pistola calibre 22 foi encontrada na casa, em local diferente de onde estava o cadáver. A hipótese de suicídio não está descartada, mas o caso está sendo tratado, preliminarmente, como homicídio.

“Nós sempre partimos da pior hipótese, de homicídio”, afirmou o chefe do Departamento de Homicídios da Polícia Nacional, César Silguero. “O corpo estava na cozinha, e a arma estava em outra parte. Não havia desordem ou indício de que as fechaduras tenham sido forçadas. Não sabemos sobre ameaças prévias, mas não podemos descartar nada.”

A morte de Ibarra foi constatada por um vizinho, que foi até o local alertado por um familiar, que estranhou que o ex-promotor não atendia ao telefone e não respondia a mensagens. Câmeras de imóveis próximos serão requisitadas para averiguar a movimentação no entorno da casa nas horas prévias à descoberta do corpo.

Sandra Quiñónez, procuradora-geral do Estado, determinou a composição de uma equipe para auxiliar na investigação. Ibarra foi vice-ministro de Segurança Interna durante a gestão do presidente Horacio Cartes (2013–2018), retornando ao Ministério Público em 2016. Aposentou-se em 2018, passando a atuar como advogado na área penal.

Em maio, o promotor Marcelo Pecci, que trabalhava na unidade que apura casos de narcotráfico e lavagem de dinheiro, foi assassinado durante lua de mel na Colômbia. Os autores materiais do crime foram presos, porém a autoria intelectual segue indeterminada. O governo dos Estados Unidos oferece recompensa de até US$ 5 milhões por informações.

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