Para muitos moradores de Ciudad del Este e municípios vizinhos, é comum fazer a compra do mês nos supermercados de Foz do Iguaçu, onde os preços dos produtos de consumo básico costumam ser mais baixos.
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Um estudo elaborado por alunos da Faculdade de Ciências Econômicas (FCE) da Universidade Nacional del Este (UNE), divulgado nesta semana, confirma a percepção de que a cesta básica tem ficado cada vez mais cara no lado paraguaio da fronteira.
Ao jornal La Clave, o professor Diego López, coordenador do projeto, explicou que o trabalho tem como base os dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Ciudad del Este, que registra, desde 2019, os preços de 167 itens nos mercados da cidade.
Os números revelam a seguinte inflação da cesta básica:
2019: 1,78%.
2020: 3,97%.
2021: 16,42%.
2022: 8,92%.
2023: 5,69%.
A aceleração da inflação entre 2020 e 2022, segundo López, é reflexo direto dos efeitos da pandemia de covid-19. Outros fatores, como o aumento no preço dos combustíveis, também ocasionam impacto direto nos preços exibidos nas gôndolas.
Para 2024, a perspectiva é de elevação inferior à de 2023, fechando em um patamar mais próximo ao de 2020. O último dado disponível, referente a maio, apontou inflação média de 0,3% no mês, na comparação com os registros coletados em abril.
O projeto da UNE tem o apoio do Centro de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Cepecon) da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), com sede em Foz do Iguaçu.
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