Integrantes da comunidade acadêmica da Universidad Nacional del Este (UNE), principal universidade pública do lado paraguaio, participaram, na noite dessa quinta-feira (18), de um protesto no acesso à Ponte da Amizade, fronteira com Foz do Iguaçu.
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A manifestação foi motivada pelas recentes alterações no financiamento da educação superior no Paraguai, ameaçando as políticas de gratuidade.
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— ABC Digital (@ABCDigital) April 18, 2024
Movilización de estudiantes de la Universidad Nacional del Este (UNE), en el microcentro de Ciudad del Este. #ArancelCero
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Parlamentares responsáveis pela aprovação da matéria, além do presidente Santiago Peña (Partido Colorado), estão entre os principais alvos da insatisfação dos estudantes das universidades públicas, que protestam há mais de duas semanas em todo o país.
O ato dessa quinta na capital do Alto Paraná teve concentração inicial na Rotonda Oásis, rotatória situada a cerca de um quilômetro da fronteira. De lá, os participantes marcharam pela Rodovia Internacional PY02 até as imediações da Ponte da Amizade.
O tráfego de veículos entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este não chegou a ser totalmente interrompido, com os estudantes fazendo bloqueios intermitentes na rodovia, a aproximadamente cem metros da aduana paraguaia.
Fontes da imprensa paraguaia, como o jornal ABC Color, calcularam o número de participantes em perto de 2,5 mil. Caso as reivindicações dos acadêmicos não sejam atendidas pelo governo, novas manifestações estão previstas para os próximos dias.
Denúncia de agressão
O ato em Ciudad del Este foi pacífico, mas um incidente ocorrido após seu encerramento está ocupando as manchetes dos jornais do Paraguai na manhã desta sexta-feira (19).
Paraguaios que estudam na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, e foram a Ciudad del Este prestar solidariedade aos colegas da UNE, relataram que foram agredidos por militares da Marinha do Paraguai, na Ponte da Amizade, no momento em que retornavam ao Brasil.
Conforme a denúncia, militares teriam “escoltado” os estudantes até o lado brasileiro, proferindo insultos e ameaças e desferindo um pontapé contra um dos acadêmicos.
A respeito, a Marinha do Paraguai informou que abriu procedimento disciplinar contra um militar que aparece em uma filmagem feita pelos universitários. Em nota, a instituição afirmou que não aceitará situações como uso excessivo e injustificado da força por seus integrantes.
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