Nível do Paranazão próximo à foz do Rio Iguaçu recuou no fim de semana, impossibilitando a operação.
Anunciado para segunda-feira (18), o retorno da balsa que faz a travessia fronteiriça entre Presidente Franco (Paraguai) e Puerto Iguazú (Argentina) foi adiado por tempo indeterminado, devido à baixa na vazão do Rio Paraná próximo à foz do Rio Iguaçu. Concessionária do serviço, a empresa paraguaia Intercom está em busca de alternativas.
Apesar das chuvas das últimas semanas e do bom nível de água no Iguaçu, o Paranazão teve redução em seu volume durante o feriado prolongado de Semana Santa e Páscoa. No porto Tres Fronteras, local de atracação da balsa em território paraguaio, a lâmina d’água ficou abaixo do nível necessário para garantir a operação segura.
Em declarações ao jornal La Nación, o empresário Jotvino Urunaga, proprietário da Intercom, disse que uma das possibilidades em estudo é a autorização para que a empresa habilite um porto provisório ao lado do canteiro da Ponte da Integração, onde uma estrutura fluvial foi montada para o transporte dos materiais empregados na obra.
“Estivemos no lugar com funcionários de Itaipu e da empresa construtora para ver a opção de usar a margem sob a nova ponte, com a finalidade de fazer funcionar a balsa, até que as condições estejam próprias no porto Tres Fronteras”, relatou Urunaga, citando que o local tem menos pedras, o que amplia as condições de segurança.
O empresário reconheceu, contudo, que a proposta tem poucas chances de prosperar, tendo em vista que a circulação de pessoas e veículos externos pode atrapalhar o andamento da obra, que está prevista para ficar pronta no último trimestre de 2022.
A balsa entre Presidente Franco e Puerto Iguazú está autorizada para navegar no horário entre as 8h e as 17h. No período pré-pandemia, a média era de pelo menos cinco viagens por dia, com grande procura por comerciantes paraguaios que fazem a compra de gêneros alimentícios em território argentino.
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