Estabelecimentos de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este recusam peso argentino

Incertezas em relação à cotação estão levando lojas, restaurantes e locais turísticos a não receberem a moeda do país vizinho.

As incertezas em relação ao peso argentino, cuja instabilidade aumentou após as eleições primárias do último dia 13, têm levado estabelecimentos comerciais e de serviços no Brasil e no Paraguai, nas cidades de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, a deixarem de aceitar a moeda argentina como forma de pagamento.

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No lado brasileiro da fronteira, restaurantes na área central da cidade, em vias turísticas como a Avenida Jorge Schimmelpfeng, passaram a exibir, nas últimas semanas, cartazes informando sobre a mudança. Até então, embora em cotações mais baixas, o peso argentino era aceito como forma de atrair a clientela vinda do país vizinho.

Fotografia enviada por leitor do H2FOZ, na tarde de domingo (27), mostra cartaz em restaurante de Foz do Iguaçu.
Fotografia enviada por leitor do H2FOZ, na tarde de domingo (27), mostra cartaz em restaurante de Foz do Iguaçu.

Já nas lojas de Ciudad del Este, onde o público argentino é minoritário, muitos dos estabelecimentos que recebiam o peso deixaram de fazê-lo. O motivo é a dificuldade para trocá-lo por guaranis, dólares ou reais, uma vez que casas de câmbio e estabelecimentos bancários chegaram a suspender as operações com a moeda argentina.

Matéria do canal ABC TV, do Paraguai, sobre as dificuldades para a troca do peso argentino em Ciudad del Este e áreas fronteiriças.

No último dia 14, após o resultado que posicionou o candidato Javier Milei (La Libertad Avanza), de extrema-direita, como o mais votado nas primárias presidenciais, o governo argentino se viu obrigado a desvalorizar a cotação oficial do peso em 22%, bem como a subir as taxas anuais de juros em 21 pontos percentuais.

Nesta segunda-feira (28), às 11h, o dólar oficial era cotado na Argentina a P$ 365,50, enquanto o dólar blue (paralelo) estava em P$ 730, quase o dobro. Já o real, que valia P$ 71,48 no câmbio oficial, era trocado por P$ 125 em estabelecimentos como a Atlas Câmbio, de Foz do Iguaçu. Na Iguassu Câmbio, R$ 1 comprava P$ 120.

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3 Comentários
  1. Douglas Diz

    Os próprios argentinos não estão aceitando mais os pagamentos em peso. Eles forçam os turistas a pagar em dólar ou real.

  2. Marcelo Diz

    Tudo pra imprensa ultimamente é extrema direta,quase não são imparcial! Quando o candidato não aceita mais os ladrões saquear o País ,defende a família ,defende bons valores é extremista! Mas quando é ladrao ,quer destruir os valores e patriotismo É UM REAL DEMOCRATA ! É UMA VERGONHA! O Q CONTA HOJE É A MAMATA DE VOLTA !

  3. Manuel Diz

    Marcelo Diz, defina família e bons valores, é o seu padrão de família e seus valores, nepotismo faz parte deste pacote? E definição de ladrão é o ladrão de esquerda? Pq q eu saiba, roubar jóias também é coisa de ladrão

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