Filas diminuíram devido à queda na procura, mas distribuidoras continuam enviando estoques insuficientes.
Brasileiros e paraguaios que vão a Puerto Iguazú para abastecer o veículo estão encontrando menos filas nos postos de combustíveis desde o último reajuste no início de maio. Entretanto, mesmo que o aumento médio de 15% nos preços tenha derrubado a procura, o panorama de escassez continua.
Em entrevista ao jornal El Territorio, o presidente da Câmara de Postos de Combustíveis e Afins do Nordeste Argentino (Cesane), Faruk Jalaf, disse que, apesar das conversações diretas com o governo e com as distribuidoras, o problema do envio de estoques insuficientes para a província de Misiones ainda não foi solucionado.
“A questão principal é com o diesel, que movimenta o agro, a indústria, o transporte público e o transporte de carga. Em outubro, já tínhamos feito uma reclamação, e o governo da província entrou em contato com o governo federal, que disse que não havia escassez. Em dezembro, repetimos o pedido e veio a mesma resposta”, afirmou.
“Levamos conosco uma lista de postos de cinco províncias com falta de combustível, para termos uma reclamação bem precisa, mas muitos donos têm medo de fazer uma reclamação formal junto às distribuidoras, por represálias como queda nas comissões ou diminuição dos envios”, complementou o dirigente.
O jornal argentino relata que a capital Posadas e as cidades fronteiriças de Puerto Iguazú (com Foz do Iguaçu) e Bernardo de Irigoyen (com Barracão e Dionísio Cerqueira) são as que mais enfrentam dificuldades com os problemas de abastecimento. Em Iguazú e Irigoyen, a escassez maior é de gasolina.
“No posto YPF de Puerto Iguazú, o litro da gasolina é vendido a P$ 220 [R$ 6,60] para estrangeiros, enquanto no Posto Shell a P$ 205 [R$ 6,15]. No posto Fuels, que não adota tarifa diferenciada, o valor é de P$ 185 [R$ 5,55], motivo pelo qual esse posto concentra parte da demanda”, noticia o El Territorio.
A matéria ainda traz o relato de um motorista de Foz do Iguaçu, o qual contou ter aproveitado que cruzou a fronteira a trabalho para abastecer o carro, porém que já não compensa ir a Puerto Iguazú somente para essa finalidade. O texto, em espanhol, pode ser lido clicando aqui.
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