Após queixas de colecionadores e donos de bancas de jornal, Ministério da Economia chamou a empresa distribuidora para uma reunião.
Na última terça-feira (20), a Secretaria de Comércio do Ministério da Economia da Argentina promoveu, em Buenos Aires, uma reunião com diretores do sindicato dos donos de bancas de jornal e da empresa New Rita, representante local da editora Panini. O motivo? Debater a escassez de figurinhas da Copa do Mundo 2022.
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O encontro, que foi alvo de críticas, memes e manifestações de apoio, veio após reportagens da imprensa local mostrarem a dificuldade dos colecionadores em encontrar envelopes com os cromos do Mundial, o que tem gerado, inclusive, cobrança de valores abusivos no mercado paralelo (o preço oficial é de P$ 150, algo em torno de R$ 3,30).
Representantes da Unión de Kiosqueros (UKRA), o sindicato dos donos de banca, cobram da subsidiária da Panini melhorias na distribuição. Em algumas bancas, por exemplo, a entrega semanal é de apenas 50 pacotes, suficiente para poucas horas. Supermercados, por sua vez, estariam sendo priorizados na entrega dos pedidos.
Já a New Rita atribuiu a escassez ao aumento na procura, com vendas 42% acima da média na comparação com o álbum da Copa do Mundo de 2018. Para ampliar a produção local, será necessário habilitar uma nova gráfica, medida que ainda não tem o aval da Panini, que autorizou apenas um local de impressão na Argentina.
Se em Buenos Aires está difícil encontrar figurinhas, no interior a escassez é ainda maior, o que tem desanimado comerciantes e colecionadores. A temporada de álbuns e envelopes com os cromos da Copa do Mundo costuma ser um dos períodos de maior faturamento para os proprietários de bancas e papelarias nos países da região.
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