Circulam nos grupos de WhatsApp, em Foz do Iguaçu e região fronteiriça, vídeos gravados no final de janeiro, mostrando a Ponte da Integração Brasil–Paraguai balançando em um dia de vento forte no vale do Rio Paraná. Nas imagens, é possível ver operários circulando tranquilamente sobre a ponte, como se já estivessem habituados.
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Em entrevista ao jornal La Nación, o engenheiro Pánfilo Benítez, assessor técnico da diretoria paraguaia de Itaipu, explicou que o movimento é normal para pontes do tipo estaiada, não representando nenhum tipo de risco para a integridade da estrutura.
“Todas as pontes estaiadas se mexem, dependendo da extensão do vão”, indicou Benítez. “A Ponte da Integração foi construída estaiada, com 470 metros de vão-livre sobre o rio. Ela tem umas torres muito altas, de 180 metros, dos dois lados, e são nesses pilares que estão os cabos que sustentam esses trechos centrais.”
“A ponte tem um lastre de mais de dez mil toneladas e está apoiada em amortecedores de neoprene, que são uns elastômeros que apoiam esse movimento longitudinal”, detalhou. “A engenharia permite isso, são feitos ensaios em túneis de vento e testes de carga dinâmica para garantir que os cálculos realmente se concretizem no terreno.”
No caso específico da Ponte da Integração, o projeto foi testado em túneis de vento e aprovado em todos os parâmetros. Em novembro de 2022, por sua vez, a estrutura foi submetida a um teste de capacidade de carga por metro quadrado, obtendo resultado superior ao originalmente previsto em projeto.
A data de inauguração, que chegou a ser anunciada para dezembro de 2022, ainda não foi oficialmente reagendada, tendo em vista que as obras de acesso às duas cabeceiras ainda não foram concluídas. A expectativa é que o tráfego de caminhões sem carga (em lastre) seja parcialmente liberado em abril.
Nota do consórcio
Responsável pela construção da ponte, o Consórcio Construbase–Cidade–Paulitec divulgou nota informando que “o fenômeno observado no dia 29/01/23, e divulgado nas redes sociais, não oferece risco à estrutura da ponte. As movimentações observadas são ocasionais às estruturas de grande vão e foram previstas em projeto”.
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