Em greve, caminhoneiros paraguaios reivindicam reajuste na tabela do frete

Representantes das principais associações foram até Assunção para apresentar pauta ao governo do país.

A Avenida Costanera de Assunção foi ocupada, nessa segunda-feira (2), por caminhoneiros provenientes de diferentes pontos do Paraguai para reivindicar pautas como o reajuste na tabela do frete de produtos agrícolas. Representantes dos trabalhadores participaram de uma reunião com integrantes do governo paraguaio.

De acordo com fontes como a agência pública IP Paraguay, uma comissão foi criada para debater os termos de um projeto de lei que estabeleça uma tabela com preços mínimos para o serviço de transporte de cargas, bem como mecanismos para correção periódica dos valores.

No final de maio, um decreto que determinava a elevação em 5% das tarifas de base, emitido pelo Poder Executivo, foi revogado após questionamento que apontou sua inconstitucionalidade. O caminho correto é o envio de um projeto de lei ao Congresso, para análise de deputados e senadores.

Como há pressa entre as partes (inclusive entre parlamentares da base governista), a intenção é que a matéria dê entrada nas comissões, em caráter de urgência, ainda nesta semana. Até lá, o comando de entidades como a Federação dos Caminhoneiros do Paraguai compromete-se a não impedir o trânsito de cargas nas rodovias.

Na região de Ciudad del Este, um dos pontos de concentração dos grevistas está nas imediações do antigo km 30 da Rodovia Internacional. Na semana passada, houve registro de incidentes entre caminhoneiros que cruzaram os braços e motoristas que não aderiram à medida.

Desde o ano passado, o transporte rodoviário vem ganhando mais peso nas exportações agrícolas paraguaias. O motivo principal é a prolongada estiagem que afeta as hidrovias dos rios Paraguai e Paraná e dificulta a circulação das barcaças que levam os produtos até portos nos litorais de Argentina e Uruguai.

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