Responsável pelas eleições do último domingo (30) no Paraguai, o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE) apresentou denúncia penal contra pessoas que organizaram ou participaram dos distúrbios ocorridos desde a vitória do Partido Colorado na disputa para a presidência e para os principais cargos políticos no país.
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A peça, redigida pela diretora jurídica Ada Elizabeth Arévalos, pede a responsabilização dos envolvidos nos atos que resultaram em bloqueios de rodovias, depredação do patrimônio público, perturbação da paz pública, apologia ao delito e ocorrência de fatos puníveis contra a constitucionalidade do Estado e do sistema eleitoral.
Os protestos, registrados em locais como Ciudad del Este, Presidente Franco, Hernandarias, Minga Guazú, Encarnación, Villarrica, região metropolitana de Assunção e em frente à sede do TSJE, foram organizados por apoiadores do candidato Paraguayo Cubas, terceiro colocado na disputa pela presidência, com 22,9% dos votos.
No entender de Cubas, que vem compartilhando nas redes sociais postagens e vídeos com o que seriam irregularidades na totalização, houve adulteração dos resultados em prol do candidato vencedor, Santiago Peña, e do Partido Colorado, para a formação de maioria no Senado e na Câmara dos Deputados.
Ainda na noite de ontem (2), havia manifestantes em locais como as rodovias PY02, em Ciudad del Este (km 10) e Minga Guazú, e PY06, em Santa Rita. Até o momento, mais de 140 pessoas foram detidas pela Polícia Nacional do Paraguai, em sua maioria durante as ações de liberação de rodovias bloqueadas ou de desocupação do entorno do TSJE.
Em pronunciamento, o presidente do TSJE, Jorge Bogarín, informou que os resultados das atas de votação de cada seção estão em processo de julgamento, com a participação de representantes dos partidos e transmissão ao vivo na internet, e pediu à população que confie no trabalho feito pelo órgão eleitoral.
“Nos dirigimos a toda a população, às organizações políticas e às missões de observação internacional que ainda estão no país, com o objetivo de transmitir calma, porque estamos garantindo o acompanhamento de todos os processos”, afirmou Bogarín, assegurando que todas as denúncias que forem devidamente formalizadas serão verificadas.
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