A Justiça Eleitoral do Paraguai rejeitou, nessa segunda-feira (23), uma ação apresentada por uma ala dissidente do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), pedindo a impugnação da candidatura do ex-presidente do país, Fernando Lugo, a uma cadeira no Senado nas eleições marcadas para abril.
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Atual senador pela Frente Guasu, o ex-bispo católico, que governou o país entre os anos de 2008 e 2012, busca a reeleição como um dos líderes da oposição ao Partido Colorado. Em agosto do ano passado, Lugo, de 71 anos, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) enquanto trabalhava em seu gabinete, sendo socorrido por um colega senador.
Após passar por cirurgias no Paraguai, o ex-presidente foi levado a uma clínica de reabilitação em Buenos Aires, onde permanece desde então. Familiares, amigos e aliados políticos, que estiveram recentemente no estabelecimento, asseguram que ele está lúcido, e, se reeleito, terá condições de exercer um novo mandato.
O pedido de impugnação foi apresentado pelo advogado Theodore Stimson, representante do movimento Libertas, dissidência minoritária do PLRA, principal legenda da coalizão de oposição liderada pelo presidenciável Efraín Alegre, tido como o nome mais forte para enfrentar Santiago Peña, do governista Partido Colorado.
Apesar dos questionamentos sobre o estado de saúde de Fernando Lugo, a petição teve como foco supostos problemas legais para o registro da candidatura. O mérito do documento sequer foi analisado pela 1.ª Sala do Tribunal Eleitoral de Assunção, uma vez que o autor não cumpriu com todos os requerimentos exigidos para casos do tipo.
Em declarações ao jornal Última Hora, Efraín Alegre criticou a iniciativa. “Alguns tentam, através de manobras jurídicas, deter a vontade da população, apresentando impugnações sem nenhum embasamento, porque estão desesperados”, afirmou. O prazo para a apresentação de novas ações terminou no domingo (22).
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