Apoiadores do candidato Paraguayo Cubas, do Partido Cruzada Nacional (PCN), estão promovendo, desde ontem (1.º), protestos em vários pontos do Paraguai. As manifestações tiveram início após o presidenciável, que ficou em terceiro lugar no pleito, com 22,9% dos votos, contestar os resultados das urnas.
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Na região fronteiriça, foram registrados bloqueios totais ou parciais de trânsito em locais como o antigo km 10 da Rodovia PY02, em Ciudad del Este, onde o para-brisas de um ônibus da empresa Crucero del Este, cujo motorista tentava seguir viagem, foi danificado por manifestantes mais exaltados.
Em Presidente Franco, o jornal ABC Color informou que uma ambulância do Corpo de Bombeiros, que tentava chegar ao local de um acidente de trânsito, foi temporariamente retida pelos apoiadores de Cubas. Houve reporte de manifestações no acesso à usina de Itaipu, em Hernandarias, e nos municípios de Minga Guazú e Santa Rita.
A sede do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE), em Assunção, além de rodovias em cidades como Capiatá, Ypané, Areguá, Luque, Villarrica e Juan E. O’Leary, também tiveram bloqueios. Em entrevista ao canal Telefuturo, na manhã desta terça-feira (2), Gilberto Fleitas, comandante da Polícia Nacional, disse que 59 pessoas foram detidas.
No entender de Paraguayo Cubas, as eleições do último domingo foram fraudadas para permitir a vitória do Partido Colorado, cujo candidato à presidência, Santiago Peña, conquistou 42,7% dos votos. A legenda elegeu governadores em 15 dos 17 departamentos (estados) do país, além das maiores bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado.
Em meio à repercussão dos protestos de Cubas, o candidato Efraín Alegre, segundo colocado na votação, com 27,5%, pediu que as denúncias de fraudes sejam averiguadas e que uma auditoria internacional independente ateste a lisura dos resultados. Euclides Acevedo, quarto colocado, com 1,36% dos votos, também se somou ao pedido.
Disparate
César Rossel, ministro do TSJE, classificou as queixas de Cubas como algo que não deve ser levado a sério. “Isso é totalmente um disparate. Digo isso como funcionário há 27 anos na Justiça Eleitoral e doutor em Direito, professor dos fiscais dos partidos. Estão tentando coagir um órgão constitucional”, afirmou.
“Em cada seção eleitoral houve de um a dois fiscais da oposição e um do Partido Colorado”, argumentou Rossel, em entrevista coletiva. “As reclamações não podem ser baseadas em paranoia. Somos sérios e pedimos que eles sejam também. Queremos denúncias fundamentadas, feitas através dos canais correspondentes.”
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Agora virou moda mundial, a VAGABUNDAGEM sempre quer ganhar no grito, as pessoas perderam a vergonha na cara, o respeito passa longe.