Os eleitores de toda a Argentina estão indo às urnas, neste domingo (13), para as “Eleições Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias”, conhecidas pela sigla PASO. A etapa, de participação obrigatória para o eleitor, é uma espécie de prévia do primeiro turno das eleições nacionais, marcado para 22 de outubro.
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Para as PASO, os partidos e coligações podem apresentar mais de uma chapa. Em 2023, está em jogo a definição de candidatos para a presidência, vice-presidência, Câmara dos Deputados, Senado e Parlamento do Mercosul*. Apenas os mais votados pelos eleitores, dentro do mesmo grupo, serão oficializados.
* A quantidade de cargos é diferente em cada província. Em algumas delas, também haverá votação para governador e deputados provinciais.
Além disso, legendas e movimentos políticos que não alcançarem, no mínimo, 1,5% dos votos válidos, serão automaticamente eliminados da disputa. Nas PASO de 2019, por exemplo, quatro pré-candidatos à presidência foram barrados pelo mecanismo, pois fizeram apenas percentuais entre 0,7% e 0,1%.
Outra utilidade das PASO é servir como termômetro da preferência do eleitorado, auxiliando na definição dos rumos da campanha. Como a participação é obrigatória, é possível saber, faltando dois meses para o primeiro turno, se oposição ou governo estão largando na frente na disputa pelos votos dos argentinos.
As seções eleitorais foram abertas às 8h, com horário permitido de entrada até as 18h. O sistema de votação (cédulas de papel, urna eletrônica ou misto) varia conforme a província. Os primeiros resultados serão anunciados no início da noite, com previsão de término da totalização durante a madrugada de segunda-feira (14).
Na cidade fronteiriça de Puerto Iguazú, os 44 mil eleitores foram divididos em duas zonas eleitorais, com 19 locais de votação. Além dos presidenciáveis, os cidadãos locais definirão quem serão os candidatos da província de Misiones a quatro cadeiras na Câmara dos Deputados, três no Senado e uma no Parlamento do Mercosul.
O primeiro turno das eleições nacionais será em 22 de outubro. Para não precisar do segundo turno (marcado para 19 de novembro), o primeiro colocado precisará obter 45% dos votos válidos. Outra hipótese de vitória em primeiro turno é somar 40% dos votos válidos, desde que com vantagem de mais de dez pontos sobre o segundo colocado.
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