Dois candidatos da região de Ciudad del Este, eleitos no último dia 30 para o Congresso do Paraguai, estão sendo alvo de questionamentos no âmbito do Judiciário. No caso de Miguel Martínez, deputado eleito, a denúncia é por suposta irregularidade no registro. Já Rafael “Mbururu” Esquivel, senador eleito, está preso desde agosto do ano passado.
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Os dois políticos concorreram pelo Partido Cruzada Nacional (PCN), de Paraguayo Cubas, preso acusado de perturbação da ordem pública, em razão dos protestos organizados por seus apoiadores em vários pontos do país, argumentando fraudes na vitória de Santiago Peña (Partido Colorado) para a presidência.
O primeiro a ter a vitória questionada foi “Mbururu”, que recebeu 51.397 votos, mesmo estando recluído há oito meses, acusado de tentativa de homicídio e roubo agravado, no caso de uma invasão de propriedade em Itakyry, e de abuso sexual contra uma adolescente, que teria sido praticado no ano de 2019.
No entender do senador Silvio Ovelar, se “Mbururu” continuar preso, não reunirá os requisitos necessários para ser convocado e assumir o mandato no dia 30 de junho. A alternativa seria obter uma permissão especial do Judiciário, o que não evitaria, no entanto, que pedidos de cassação fossem protocolados pelos demais senadores.
Já o triunfo de Miguel Martínez está sendo questionado por problemas no registro. Conforme denúncia do advogado Leongino Viana, além do PCN, Martínez tentou candidatura pela Concertação Nacional (CN2023), que não aprovou seu nome. A participação em mais de uma chapa nas prévias partidárias, segundo Viana, seria irregular.
Caso os votos de Martínez sejam anulados, a chapa do PCN poderá perder a cadeira conquistada pela legenda no departamento (estado) de Alto Paraná, que passaria para Carlos Portillo, do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA). O deputado eleito nega irregularidades.
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