A direção do Santuário de Elefantes Brasil (SEB), reserva particular localizada no estado de Mato Grosso, confirmou nessa sexta-feira (7) o falecimento da elefanta Pocha, de 55 anos. No último mês de maio, Pocha e sua filha, Guillermina, cruzaram a Ponte Tancredo Neves no trajeto entre o zoológico de Mendoza (Argentina) e a nova casa.
“É com o coração pesado que anunciamos que a elefanta Pocha faleceu na noite passada (6). Ainda não sabemos a causa da morte, porém uma necropsia será feita, em breve, para nos ajudar determinar o que aconteceu”, informa a instituição, em nota publicada em seu perfil oficial na rede social Facebook.
“Enquanto Pocha estava em Mendoza, presenciamos, algumas vezes, pequenos sinais que nos causavam preocupação com problemas de saúde subjacentes, mas nada foi diagnosticado […] Há alguns dias, nós notamos que ela estava exigente com seu feno, embora ainda estivesse pastando e desfrutando de todas as frutas e legumes”, relata.
“Depois de uma dose de vitamina na noite passada, ela parecia mais resplandecente e, mesmo ainda cansada, seus olhos pareciam mais brilhantes. No entanto, quando voltamos para checá-la um tempo depois, descobrimos que ela havia falecido”, complementa a nota, descrevendo, na sequência, a reação dos demais elefantes.
Guillermina, que estava dividindo os recintos perto do galpão com sua mãe, deu longos estrondos para chamar suas amigas – e era possível ouvi-las respondendo de volta para ela. Uma vez que abrimos os portões para que as outras meninas pudessem entrar, Bambi, Mara e Rana estavam lá esperando para estar com Guille.
Rana se aproximou de Pocha com Guillermina por alguns minutos e depois voltou com as demais. A seguir, Bambi se aproximou, mas ficou à distância, com os olhos um pouco arregalados e parecendo preocupada. Depois de Bambi voltar para as outras meninas, Mara veio e ficou com Guille e Pocha.
Depois disso, uma por uma, as outras meninas voltaram, desta vez Bambi se aproximou de Pocha, cheirando-a e acariciando seu rosto. Pouco depois da meia-noite, todas elas estavam em lados diferentes de Pocha, em silêncio e relaxadas, tendo um daqueles momentos de elefante que só eles entendem. [..]
Com todos os nossos anos trabalhando com elefantes, nunca vimos esse nível de apoio da manada dado a outro durante uma passagem. O apoio delas está se mostrando muito mais familiar por natureza do que já presenciamos no Santuário no passado e, embora triste, também há algo incrivelmente bonito sobre o que está acontecendo.
O traslado de Pocha e Guillermina de Mendoza para o Santuário de Elefantes Brasil foi financiado com doações e mobilizou internautas de diversos países. A passagem por Foz do Iguaçu, relatada pelo H2FOZ à época, gerou grande interesse da comunidade, permanecendo por vários dias entre os conteúdos mais lidos do portal.
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