Diretor do Parque Nacional Iguazú perde cargo depois do confisco de máquina de fotógrafo

A decisão foi do Ministério do Meio Ambiente da Argentina, para o qual a função do guarda florestal é velar pela conservação do parque, não defender interesses da concessionária.

O escândalo ganhou tais proporções que o Ministério do Meio Ambiente da Argentina não viu outra solução senão a de exonerar o diretor do Parque Nacional Iguazú, Sergio Acosta.

Na verdade, a decisão foi reafirmada, já que ele tinha sido comunicado sobre a exoneração em dezembro, mas o caso do fotógrafo Sixto Fariña, de Puerto Iguazú, pôs uma pá de cal no cargo de Acosta.

A imprensa argentina repercutiu nacionalmente a história. Sixto Fariña, fotógrafo muito respeitado na cidade vizinha, fazia fotos na sexta-feira, 22, quando foi abordado por guardas florestais, que lhe pediram a permissão para esse trabalho.

Como não tinha, apreenderam sua máquina fotográfica, que só foi devolvida um dia depois, com os cartões de memória apagados, inclusive suas fotos pessoais.

Sixto, logo depois de recuperar a máquina, mas sem as fotos, inclusive pessoais. Foto El Territorio

Em nota, o Ministério do Meio Ambiente diz que o fotógrafo foi denunciado por outros fotógrafos profissionais habilitados a trabalhar na área Cataratas, porque Sixto não tinha a permissão.

O Ministério mandou investigar o caso, para estabelecer os graus de responsabilidade de quem participou no procedimento.

E ressalta: “As autoridades da Administração de Parques Nacionais ressaltam que a função do guarda florestal não é defender os interesses da concessionária, mas sim de zelar pela harmonia, pela preservação e conservação do Parque Nacional”.

O portal El Territorio diz que, “embora a decisão de afastar Acosta remonte a dezembro de 2020, “fizeram pública a determinação depois de vários dias de repúdio à ação dos guardas florestais, na última sexta-feira”.

Acosta já vinha sendo criticado, informa por sua vez La Voz de Cataratas, por algumas atitudes como a de deixar entrar parentes, empresários e políticos “em plena quarentena, para desfrutar da luz da lua na passarela da Garganta do Diabo”.

Segundo El Territorio, autoridades confirmaram que haverá mudanças na regulamentação vigente nos parques nacionais argentinos, que concede poder de polícia aos guardas florestais.

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