Demorou (um pouco), mas aconteceu de novo: loja de Ciudad del Este logra brasileiro

A loja “empurrou” um celular de menor valor do que aquele pelo qual ele havia pago. A polícia interveio.

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A loja “empurrou” um celular de menor valor do que aquele pelo qual ele havia pago. A polícia interveio, mas caso está pendente.

Um turista brasileiro, de Balneário Camboriú (SC), inicialmente fez tudo certinho. Como pretendia comprar um celular, foi a Ciudad del Este, na terça-feira, 16, e, como não sabia o endereço, perguntou às pessoas que encontrava onde ficava uma famosa loja paraguaia.

Antes de obter a informação correta, no entanto, foi abordado por um “pirañita”, aqueles falsos guias de compras que, normalmente, são cúmplices de lojistas de péssima fama.

Segundo o jornal ABC Color, o turista foi convendido pelo “pirañita” a ir até uma loja já tristemente famosa, localizada no Shopping Alfonso, também já denunciado pela própria Polícia Nacional do Paraguai como abrigo de alguns comércios que lesam compradores.

E não deu outra. Ao pedir um determinado modelo de Iphone, o vendedor disse que a loja não tinha, mas podia conseguir outro ainda melhor, o “último lançamento” da marca Xiaomi.

O turista acreditou e pagou R$ 2.200. O vendedor voltou à carga e disse então ao brasileiro que por mais R$ 400 poderia lhe fornecer um aparelho ainda mais “top”, da mesma marca. Mais uma vez, a vítima acreditou.

ENGANADO

Quando chegou em Foz do Iguaçu, no entanto, o turista percebeu que a caixa continua um Xiaomi “Poco M3”, que no Brasil, com todos os impostos, dá pra comprar por pouco mais de R$ 1.500, a prestação. E a nota de compra apresentava um valor menor do que o que ele havia realmente pago.

O brasileiro voltou então a Ciudad del Este e fez uma denúncia ao Departamento de Segurança Turística da Polícia Nacional.

Os policiais foram com ele até a loja, mas a proprietária (que horror!, uma brasileira) se negou a fazer qualquer acordo para devolver o dinheiro.

A história termina com o denunciante indo até o escritório da Defesa do Consumidor, para que a entidade municipal faça alguma intervenção para que o brasileiro receba de volta o que pagou.

Cá entre nós, não pode terminar assim, não é mesmo? O maior problema é que, se comprou em dinheiro, talvez o turista não tenha a prova de quanto pagou.

OS NOMES

O jornal ABC Color traz os nomes da loja, do turista e até da brasileira que responde pelo comércio. Se você quiser saber mais detalhes, acesse este endereço:

https://www.abc.com.py/este/2021/11/16/turista-brasileno-denuncia-estafa-en-comercio-del-microcentro/

Detalhe: em janeiro de 2020, a loja com o nome divulgado pelo ABC Color já havia sido fechada pela Defesa do Consumidor, como foi divulgado à época pelo site Noticias.ComprasParaguay. Veja:

Loja que enganava turistas é fechada em Ciudad del Este

LISTA DA POLÍCIA NACIONAL

Se você não sabe quais são as lojas que atendem o comprador com produtos e preços honestos, ao menos saiba quais são os locais onde poderá ser logrado.

O H2FOZ publicou matéria sobre o alerta feito pela Polícia Nacional do Paraguai.

Leia:

Polícia Nacional do Paraguai faz alerta e divulga lista de lojas que já lesaram turistas

AVISO AOS TURISTAS

Não é possível que até hoje as autoridades paraguaias não tenham tomado providências pra fechar todas as lojas que lesam compradores brasileiros.

Nem que não tenham preparado um material pra entregar aos visitantes, quando entram em Ciudad del Este, para alertar no sentido de que não sigam os falsos guias de compras. Aliás, esses tais guias de compras não poderiam estar em ação.

Vez por outra, vem promessa de autoridade paraguaia de que serão tomadas atitudes contra essa situação.

E nada acontece, pra azar de alguns brasileiros, que não sabem o mal que se esconde no meio um comércio que, no geral, é sério e dinâmico.

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