Situação gerou mal-estar em Puerto Iguazú, onde empresários reclamam das perdas provocadas pelas filas.
Turistas e moradores que encararam a travessia entre Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú precisaram de paciência ainda maior nesse fim de semana. No sábado (17), a fila para entrar na Argentina chegou à cabeceira brasileira da Ponte Tancredo Neves. No domingo (18), a espera nos momentos de pico foi de três horas.
A situação gerou críticas no lado argentino, onde empresários ligados à Câmara de Comércio de Iguazú (CCI) queixam-se das perdas provocadas pela demora excessiva e pedem a implantação de um regime simplificado, no qual quem for apenas a Puerto Iguazú seja fiscalizado por amostragem na passagem pela aduana.
A imprensa argentina também repercutiu o problema. Em matéria publicada nesta segunda-feira (19), o jornal El Territorio, que circula em toda a província de Misiones, relata que “essa situação gerou revolta e mal-estar tanto nos motoristas que precisaram esperar por várias horas, como dos cidadãos e comerciantes”.
Para ilustrar, a correspondente Norma Devechi relatou o caso de Tays Rodrigues, moradora de Foz do Iguaçu, que entrou na fila com a intenção de comprar vinhos e jantar com amigos em Puerto Iguazú. “É lamentável […] Vimos como muitos carros saíam da fila e voltavam para o Brasil”, disse a brasileira.
O El Territorio destacou que, mesmo com o aumento na quantidade de funcionários para fiscalização, a demora para entrar e sair da Argentina continua. O principal motivo, segundo o jornal, estaria ligado à inexistência de um banco de dados unificado, fazendo com que os documentos dos brasileiros precisem ser registrados manualmente.
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