A demora para a liberação do trânsito na Ponte da Integração Brasil–Paraguai, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco, é alvo de questionamentos nos dois países, uma vez que as obras nas cabeceiras seguem em andamento e a data de abertura da via, pronta desde 2023, ainda não foi anunciada.
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Em declarações ao jornal La Clave, Iván Leguizamón, presidente do Conselho de Desenvolvimento de Presidente Franco (Codefran), demonstrou insatisfação com a falta de um cronograma concreto. “Hoje em dia, a Ponte da Integração é só para a foto, não nos serve para nada”, afirmou.
Vizinha a Ciudad del Este, Presidente Franco aposta as fichas na abertura da ponte, como forma de potencializar seu setor turístico e atrair a instalação de empresas de setores como comércio, serviços e logística. Indefinições sobre a data de abertura e da entrega das obras de acesso dificultam o processo de captação de investidores.
Leguizamón questionou, também, os atrasos na preparação da cidade paraguaia para receber o novo fluxo de veículos. “Ainda não dimensionamos o impacto que a abertura da ponte vai ter [na infraestrutura viária]. Então, temos que trabalhar um plano para melhorar o estado das ruas”, analisou.
A previsão de conclusão do pacote completo do Corredor Metropolitano del Este, anel viário semelhante à Rodovia Perimetral Leste em Foz do Iguaçu, é para o último trimestre de 2025. Trechos menores, como o Lote Urbano (que conecta a nova ponte às atuais avenidas de Presidente Franco), devem ficar prontos até o final do atual semestre.
Já o novo plano de ordenamento urbano de Presidente Franco, com o zoneamento das áreas próximas à Ponte da Integração para atividades comerciais, industriais e de logística, segue em debate na Junta (Câmara) Municipal da cidade, tendo como objetivo prevenir os efeitos da ocupação desordenada.
Para ler a entrevista de Leguizamón ao La Clave, em espanhol, clique aqui.
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