Covid-19: Brasil, Argentina e Paraguai estão melhor que países europeus

Entre os três, situação é melhor no Paraguai, seguido da Argentina. Mas o Brasil está bem.

Entre os três, situação é melhor no Paraguai, seguido da Argentina. Mas o Brasil está bem.

Em número absoluto de casos, na última semana até sexta-feira, 5, o Brasil aparece no ranking mundial em 8º, atrás de Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, Turquia, Alemanha, Ucrânia e Índia, conforme o site Worldometer.

Em mortes, está em 6º, atrás de Rússia, Estados Unidos, Ucrânia, Romênia e Índia. Foram 1.608 mortes em sete dias, média de 229 por dia, queda de 30% na comparação com a semana passada.

Em 41º lugar no ranking, a Argentina registrou 116 óbitos na semana, média de 16,5 por dia.

E o Paraguai está em 111º, com 13 mortes, ou o equivalente a 1,8 por dia.

POR MILHÃO DE HABITANTES

Proporcionalmente à população, o Brasil tem 7 mortes por milhão de habitantes, índice que está em queda contínua nas últimas semanas. Em 68º lugar no ranking mundial, sua situação é melhor que a da Rússia e de boa parte dos países europeus, como Reino Unido, Áustria, Bélgica, Alemanha e Luxemburgo, além dos Estados Unidos.

A Argentina, com 3 mortes por milhão, está melhor que todos esses países (em 92º no ranking) e empata com França e Espanha, por exemplo.

E o Paraguai, com 2 mortes por milhão, está em 116º no ranking, com queda em relação à semana anterior e casos em estabilidade.

VACINAÇÃO

No mapa do Worldometer, quanto mais forte o verde, mais alto o índice de vacinação. Veja a situação da África…

Já o site Our World in Data, que traz os números da vacinação no mundo, mostra Brasil e Argentina com maior índice de imunizados que Israel, Alemanha e Estados Unidos.

À frente também do Brasil e da França, já totalizou a imunização de 76,29% da população. Neste número, 57,81% com duad doses e 18,48% com apenas uma.

O Brasil vacinou 74,68% dos habitantes, dos quais 57,38% com duas doses e 18,3% com apenas uma.

Os índices do Brasil e da Argentina estão muito próximos, com ligeira vantagem para o vizinho.

Tanto no total da população quanto no índice dos imunizados com duas doses (ou dose única), Brasil e Argentina têm números superiores aos dos Estados Unidos (57,09% imunizados completamente e 9,19% com uma dose. No total, 66,28% dos americanos receberam vacinas.

Embora Reino Unido, Israel e Alemanha tenham maior percentual de imunização completa, o total de imunizações é de 74% no Reino Unido, 69% em Israel e 68% na Alemanha.

O “MISTÉRIO”

Os Estados Unidos haviam “domado” a pandemia depois de atingir 50% de imunização da população. Depois, veio a variante Delta, que se propaga mais rapidamente. E outro problema: a resistência de muita gente contra a vacinação.

Resultado da pesquisa publicada no Our World in Data mostra que 26% dos americanos que ainda não se vacinaram não o vão fazer de jeito nenhum. É o maior índice de negacionistas no mundo. Há outros 5,3% de não vacinados que ainda vão pensar se querem a imunização.

Naquele país, 19 estados recorreram, na semana passada, da decisão do governo americano de tornar a vacinação obrigatória para os trabalhadores da saúde e empregados de organismos federais.

Depois dos Estados Unidos, vem a Alemanha, com 24% de não vacinados que se negam a receber a imunização e 4,9% que ainda vão pensar nisso.

O Reino Unido tem 21% da população não imunizada que rejeita a vacina, índice idêntico na Holanda. Na França, os negacionistas somam 20% dos entrevistados.

Embora também haja gente que recuse a vacina no Brasil, na Argentina e no Paraguai (especialmente aí), o índice é menos expressivo.

No caso do Paraguai, a vacinação atingiu apenas 40,55% dos habitantes, dos quais 32,97% com as duas doses. O país enfrentou dificuldades para conseguir a vacina e, também, resistência ou algum outro fator que pode explicar porque há milhares de vacinas já perto da data de vencimento, sem que haja procura. Até vacinação de casa em casa já foi tentada.

O Paraguai tem sorte, com os números da covid, mas não dá pra brincar com a pandemia, já que a Rússia, com índice de imunização um pouco mais baixo que entre a população paraguaia, lidera nesta semana o ranking mundial de mortes por covid-19.

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