Nos primeiros quatro meses de 2023, as operações comerciais entre Brasil e Paraguai tiveram uma queda de 4,8% na comparação com o mesmo período de 2022. Uma das causas, segundo a Câmara de Comércio Paraguai–Brasil (CCPB), é a redução dos envios de soja paraguaia ao mercado brasileiro.
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Em entrevista ao jornal La Nación, o presidente da CCPB, Antonio dos Santos, indicou que, no início do ano, 97% da produção de soja do Paraguai foi escoada em direção à Argentina pela via fluvial, com os restantes 3% tendo como destino o Brasil. “Em razão disso se explica parte da redução”, destacou.
O volume movimentado pelo comércio exterior entre os dois países foi de US$ 1,9 bilhão (R$ 9,8 bilhões), com o Paraguai exportando ao Brasil US$ 930 milhões (R$ 4,6 bilhões) e importando US$ 1 bilhão (R$ 5,2 bilhões).
As exportações paraguaias para o mercado brasileiro têm como base produtos agrícolas como soja, milho, trigo e arroz, além de carne bovina, energia elétrica e itens industriais fabricados sob o regime de maquila (montagem e acabamento).
Já as importações têm uma variedade maior, com a compra de máquinas agrícolas, produtos da indústria de transformação, adubos e fertilizantes químicos, automóveis, caminhões e ônibus, entre outros.
O Brasil é o principal parceiro comercial do Paraguai, tendo representado, no ano passado, 28,5% do total de transações, com equilíbrio entre importações e exportações. Na sequência, aparecem China (18,3%), Argentina (12,8%), Estados Unidos (6,9%) e Chile (4,8%).
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