O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, anunciou, nessa segunda-feira (28), que o governo chegou a um acordo com as empresas petrolíferas que atuam no país, para que os preços da gasolina e do diesel tenham reajustes escalonados no período entre dezembro de 2022 e março de 2023. O objetivo é minimizar o impacto da inflação.
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“Vamos ter 4% de aumento em dezembro, 4% em janeiro, 4% em fevereiro e 3,8% em março”, detalhou Massa, em entrevista coletiva na capital, Buenos Aires. “Vamos continuar construindo um caminho no qual todos os setores possam contribuir para diminuir significativamente a inflação, que é o principal drama dos argentinos.”
O acordo tem a participação da petrolífera YPF, a principal do país, e das multinacionais Shell, Axion e Trafigura. “O tema dos combustíveis é central na vida econômica argentina, não só para o dia a dia das pessoas, mas para os setores da produção e do agronegócio. Esperamos poder percorrer uma trilha de tranquilidade”, afirmou o ministro.
Para chegar ao acordo, o governo argentino ofereceu contrapartidas como acesso facilitado a moedas estrangeiras e redução temporária de impostos para a importação de combustíveis, sobretudo o diesel, para garantir a demanda necessária nos meses de janeiro e fevereiro, período em que aumenta o consumo no campo.
Em Puerto Iguazú, o último reajuste ocorreu no início do mês, com até 10,26% de alta. Nos postos YPF, a gasolina nafta Infinia custa P$ 213,20 para argentinos e P$ 280 para estrangeiros. O litro do diesel Infinia vale P$ 270,60 para argentinos e P$ 280 para estrangeiros. Na cotação da fronteira, R$ 1 pode ser trocado entre P$ 45 e P$ 55.
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