Empresários e autoridades do lado paraguaio da fronteira participaram, nessa quinta-feira (9), de uma reunião interinstitucional para discutir o combate às fraudes e aos crimes praticados contra os turistas que atravessam a Ponte Internacional da Amizade para comprar no comércio de Ciudad del Este.
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O encontro foi convocado após a veiculação de uma reportagem da TV Globo, em rede nacional, mostrando até mesmo casos de sequestros praticados por falsos comerciantes, que recrutam os pirañitas (informais que entregam folhetos e se oferecem como “guias”) para atrair vítimas até lojas de fachada onde os crimes são cometidos.
Um dos participantes da reunião foi o promotor Edgar Torales, do Ministério Público do Paraguai, que relatou limitações para levar adiante os processos contra os comerciantes denunciados. Segundo Torales, dos 145 casos reportados nos últimos meses, 97% foram solucionados depois de acordo entre as partes.
Já Gregorio Ávalos, diretor da Polícia Nacional do Paraguai no Alto Paraná, rebateu as críticas quanto à atuação da corporação e disse que foi feito um mapeamento das “zonas vermelhas” nas quais acontecem a maior parte dos crimes, para a intensificação de medidas como o patrulhamento preventivo.
Rocío Maldonado, representante da Secretaria Nacional de Turismo (Senatur), pediu medidas para combater os problemas que afetam a imagem do Paraguai como destino turístico. Maldonado afirmou que é um constrangimento trabalhar para atrair visitantes, os quais, mais tarde, deixarão o país levando uma percepção negativa.
Os participantes da reunião coincidiram em intensificar a cooperação entre as instituições, para que seja possível não apenas resolver 100% dos casos identificados, como evitar a atuação de criminosos e comerciantes desonestos, que acabam por prejudicar a atuação de todos que têm como base o respeito às leis e às boas práticas comerciais.
Câmeras de segurança
Uma das medidas propostas pela prefeitura de Ciudad del Este é a instalação de câmeras de alta resolução na área central da cidade, de forma a monitorar o fluxo de pessoas e identificar indivíduos com histórico de delinquência. O sistema também contaria com drones, que poderiam ser usados para acompanhar ocorrências em andamento.
Segundo a prefeitura, o processo para a aquisição dos equipamentos já está em marcha, com orçamento previsto de até G$ 1,5 bilhão (R$ 1,1 milhão). A intenção é instalar os primeiros pontos de vigilância ainda em 2023, compartilhando, em tempo real, informações com as instituições voltadas à segurança pública.
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