Dois estudantes de 14 anos, matriculados no 9º ano, planejavam balear diretores, funcionários e alunos da instituição.
Dois adolescentes de 14 anos, estudantes do 9º ano de um colégio particular de Ciudad del Este, foram expulsos após ameaçarem um ataque a tiros contra diretores, funcionários e alunos da instituição. O caso teve início no último dia 18, quando um professor encontrou um bilhete contendo detalhes do plano.
De acordo com o jornal La Clave, o episódio ocorreu no Colegio Bautista del Alto Paraná. Para chegar ao autor do bilhete, a equipe do colégio analisou a caligrafia dos alunos. O segundo estudante, por sua vez, foi identificado graças a conversações nas redes sociais. Confrontados, ambos alegaram tratar-se de uma brincadeira.
Conforme a cronologia divulgada pela imprensa local, um professor apreendeu, no dia 18, um bilhete com as ameaças. Após a identificação dos envolvidos, os pais foram chamados para uma conversa com a direção. No dia 23, uma reunião geral foi convocada. Na sequência, o caso foi relatado à polícia e ao Ministério da Educação.
Em sua edição on-line, o jornal ABC Color reproduz cópias das comunicações entre os jovens, que combinavam o tipo de arma que usariam (uma pistola automática e um fuzil), como fariam para entrar no colégio (“matando o porteiro”), quem seriam as vítimas (funcionários, diretores e “meio colégio”) e qual seria a rota para fugir do Paraguai.
“Quando iremos ao colégio com nossas armas?”, perguntou um deles. “Na sexta-feira dia 1º [nota da redação: provavelmente, 1º de julho], matamos o porteiro e as meninas do pátio, depois a coordenadora e quando os policiais chegarem, matamos todos”, respondeu o outro. “Já imagino eu e você baleando meio colégio.”
As mensagens têm características delirantes, como o planejamento de uma fuga para o Paquistão, país da Ásia para o qual os estudantes calculavam ter dinheiro para comprar as passagens e adquirir comida por pelo menos três meses.
A respeito, a diretora de Proteção à Infância e à Adolescência do Ministério da Educação do Paraguai, Sonia Escauriza, disse ao ABC Color que, sendo a ameaça séria ou não, o colégio atuou conforme os regulamentos e normas de convivência ao decidir formalizar a denúncia e expulsar os alunos.
Em setembro de 2018, dois adolescentes armados invadiram o Colégio Estadual João Manoel Mondrone, em Medianeira, ferindo dois colegas de classe. O incidente na cidade brasileira foi o mais grave já registrado em instituições de ensino na região de fronteira.
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