Se precisar, vá e volte a pé ou de mototáxi. Ir de carro é mais do que complicado. É caótico.
Os caminhões ocupam as calçadas, as esquinas, as vias de acesso e até parte da pista da Ponte da Amizade, no sentido Ciudad del Este-Foz do Iguaçu. No lado paraguaio, formam-se duas ou até três filas de caminhões pesados, carregados ou vazios.
No lado brasileiro, os funcionários da Receita Federal só deixam passar três caminhões por hora, o que explica a paralisação quase total do trânsito no Paraguai, segundo o diretor da Polícia Municipal de Trânsito de Ciudad del Este, Miguel Mastrazzi.
A operação padrão – ou “tartaruga” – dos funcionários da Receita Federal segue sem novidades. Não se sabe nem se há negociações que possam pôr fim ao movimento.
O protesto, que já tem mais de duas semanas, é contra a redução do orçamento da Receita Federal em 2022. E, também, por reajuste salarial dos funcionários.
A situação, que normalmente já é complicada em Ciudad del Este, tornou-se tão caótica que a Polícia Municipal de Trânsito tem como principal objetivo garantir pelo menos uma pista livre de acesso ao Brasil, no trecho entre a rodovia PY-2 e a zona da Ponte da Amizade.
Em matéria publicada em seu site oficial, a Prefeitura de Ciudad del Este queixa-se que “a situação está se agravando, sem que até hoje se conte com alguma comunicação ou explicação do lado brasileiro”.
Nesta sexta-feira, a direção da Polícia Municipal de Trânsito se reuniu com a Patrulla Caminera (polícia rodoviária) para decidir em consenso ações conjuntas para enfrentar a problemática.
Os agentes de trânsito vão priorizar os pontos críticos, como a rotatória Oáxis e o Km 3 da PY-2, com apoio da Patrulla Caminera e da Polícia Nacional.
Segundo a Prefeitura, está sendo solicitada uma reunião, esta sexta-feira, entre representantes de associações paraguaias de transporte e seus pares brasileiros com a Receita Federal, para analisar a questão e discutir soluções.
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