Quem foi a Ciudad del Este no final de semana deve ter se impressionado com o movimento nas ruas e lojas. Mesmo no domingo, 20, havia muita procura pelas ofertas de algumas lojas. Uma delas, por exemplo, fazia o câmbio de dólar a apenas R$ 4,20.
E esse movimento já se reflete na economia da cidade. A advogada Linda Taigem, presidente do Conselho de Desenvolvimento de Ciudad del Este, disse que números oficiais e extraoficiais mostram que já foram recuperados cerca de 80% dos postos de trabalho, formais e informais, noticia o jornal La Nación.
“Depois da reabertura da Ponte da Amizade, conseguiu-se o respiro econômico que necessitávamos, porque as cidades de fronteira estão entrelaçadas, a circulação econômica depende uma da outra”, explicou. O aumento do movimento comercial e econômico está ocorrendo de maneira paulatina, acrescentou.
Linda Taigem estima que entre 20% e 30% das lojas não reabriram junto com a Ponte da Amizade. “Alguns já não voltarão a fazer isso, e outros estão analisando a situação”, disse.
O La Nación informou que várias lojas localizadas na região mais ao sul do centro de Ciudad del Este estão fechadas, porque seus principais clientes eram compradores argentinos. E a fronteira da Argentina com o Brasil e o Paraguai pode demorar para reabrir, já que o governo argentino teme um avanço ainda maior da pandemia.
A presidente do Codeleste também se preocupa com o aumento de casos de covid-19, que pode obrigar o governo a adotar medidas que atinjam a economia. “Saúde e economia vão de mãos dadas, devemos cuidar de nossa saúde para cuidar também de nossa economia”, disse.
“Além de insistir no cuidado para que não continuem crescendo os contágios, nosso desafio é que se abra a fronteira argentina, para aumentar o número de visitantes”, finalizou LindaTaigem.
60% DE LOJAS FECHADAS
O secretário de Comércio e Indústria do departamento de Alto Paraná, Iván Airaldi, em outra matéria publicada no La Nación, garante que existem “ao menos 60% de locais fechados” em Ciudad del Este, na maioria médias e pequenas empresas.
“A situação está muito complicada”, afirmou Airaldi. Ele admitiu que a economia está se equilibrando, devagar, mas que as proibições para festas de final de ano geram preocupação, já que havia muita expectativa dos empresários em relação às comemorações.
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