Informes da InSight Crime, revista especializada em publicações sobre o crime organizado na América Latina e Caribe, mostram como o crime organizado se ramifica na política paraguaia. E também por que Ciudad del Este tornou-se um dos lugares favoritos para a lavagem de dinheiro.
Num dos textos, a revista traz um “portfólio” da criminalidade em Alto Paraná, departamento paraguaio que faz fronteira com o Brasil e a Argentina.
Uma das reportagens, que levou dois anos para ser elaborada, sustenta que Ciudad del Este é um dos locais preferidos para a lavagem de dinheiro, proveniente do tráfico de drogas, do contrabando e também do tráfico de armas, que está “suficientemente sólido”.
A coordenadora do trabalho, Ángela Olaya, ressaltou que o que se percebeu na fronteira foi a falta de protocolos de segurança capazes de coibir o tráfico de armas, e que o comando fronteiriço está mais atento ao contrabando e ao narcotráfico.
O informe mostra que Alto Paraná é um centro de armazenamento e um ponto de envio de grandes quantidades de bens de consumo ilícito, “que inundam o Brasil e a Argentina”.
Destaca, por exemplo, os milhões de cigarros que entram ilegalmente no Brasil e na Argentina, produzidos principalmente nas empresas do ex-presidente Horacio Cartes, que sempre nega a conexão com a venda de cigarros de contrabando no estrangeiro.
AS CONEXÕES ENTRE A POLÍTICA E O TRÁFICO DE DROGAS
Se este informe traz poucas novidades para quem mora na fronteira, o outro, intitulado “Tráfico de drogas e proteção política no Paraguai: o caso de ‘Cucho’ Cabaña”, revela detalhes do envolvimento de políticos com o tráfico de drogas. E conta um pouco da história de Reinaldo Cabaña Santacruz, o “Cucho Cabañas”, traficante que sonhava ser como seu guru, o colombiano Pablo Escobar.
Vamos resumir, porque o texto é longo. Começa contando que, em agosto de 2018, um dos homens que trabalhavam para “Cucho”, Diego Medina Otazú, levava 190 mil dólares a Assunção, escondidos no fundo falso de um Fiat, quando foi parado pela polícia.
Detido e levado à delegacia de Nueva Londres, Otazú contatou Cucho para contar o ocorrido. Cucho Cabaña, por sua vez, ligou para o deputado Ulises Quintana, pedindo ajuda. “Está tudo limpo ou temos que cobrir as coisas”, perguntou o deputado ao traficante, conforme gravação da denúncia do Ministério Público que vazou para a imprensa. Cucho respondeu que não.
O deputado enviou à delegacia dois advogados, um dos quais trabalhava na Procuradoria-Geral da República em Ciudad del Este, para negociar a liberação de Medina e garantir o dinheiro. Medina foi liberado, com 6 mil dólares a menos, que ficaram com os policiais.
Dali, ao invés de ir a Assunção, ele viajou a Coronel Oviedo, onde foi se encontrar com o policial Humberto Rodríguez, que também trabalhava para Cucho. Rodríguez recebeu de Otazú a mala com os 184 mil dólares que sobraram e ficou encarregado de entregar o dinheiro a Sixto Ramón Arias, braço direito do deputado Quintana. O dinheiro era para pagar um carregamento de 53 quilos de cocaína que Quintana enviaria a Ciudad del Este.
O Ministério Público, depois de muitas investigações, descobriu que Cucho havia financiado a campanha de Ulises Quintana, em troca de proteção política e judicial.
CENTRO DO ILÍCITO
Reinaldo Cabaña Santacruz, o Cucho, fez sua mansão em Ciudad del Este, no departamento de Alto Paraná, “que também abriga algumas das economias criminosas mais dinâmicas do Paraguai.(…) De eletrônicos a produtos agrícolas, a região é um centro de armazenamento e ponto de despacho de grandes quantidades de bens de consumo ilícitos”, diz Insight Crime.
E prossegue: “A economia ilícita é uma parte central dos blocos de poder político do país. As empresas pertencentes ao ex-presidente do país, Horacio Cartes, são famosas pela produção de milhões de cigarros que entram ilegalmente nos mercados brasileiro e argentino.
Cartes, que há muito tempo nega qualquer conexão com vendas contrabandeadas de cigarros no exterior, usou a receita dessas vendas para financiar uma poderosa ala do partido político do Colorado conhecido como Honor Colorado, uma das várias facções do partido governante do país”.
“As rotas também são usadas para contrabandear drogas e armas para os países vizinhos, enquanto os mercados comercial e financeiro de Ciudad del Este oferecem uma infinidade de oportunidades de lavagem de dinheiro.”
CLÃ ZACARÍAS
Apesar de enfrentarem acusações e investigações por mau uso de dinheiro público, o senador Javier Zacarías Irún e sua esposa, a ex-prefeita de Ciudad del Este Sandra McLeod, “continuam tendo peso político. A Tríplice Fronteira do lado paraguaio é controlada pela família Zacarías desde o regime militar de Alfredo Stroessner (1954-1989). Nos anos mais recentes, eles se tornaram parte da ala política de Cartes, Honor Colorado”.
Promotores paraguaios entrevistados pela Insight Crime, pedindo anonimato porque as investigações continuam em andamento, disseram que o poder do clã tem sido associado ao lucrativo negócio de contrabando na região. Há suspeitas de que a proximidade do casal com Cartes se deve em parte ao contrabando de cigarros da Tabacalera del Este S.A. (Tabesa), que pertence ao ex-presidente.
A revista lembra que a família Zacarías governa Ciudad del Este e Alto Paraná desde 2001. Zacarías Irún é vice-presidente da Associação Nacional Republicana (ANR) e vários de seus parentes ocupam vários governamentais. O irmão de Javier, Justo Zacarías, era governador do Alto Paraná antes de Javier assumir esse cargo. Justo agora é deputado. A irmã deles, Margarita Zacarías, é oficial judicial. Justo é citado no caso contra seu irmão, Javier, e Sandra McLeod.
Mas não é só o contrabando que rende dinheiro ao clã. “A família também privatizou valiosas terras municipais nas proximidades da Ponte da Amizade, por meio de uma rede de advogados, associados de negócios locais e estrangeiros e investidores, de acordo com a Procuradoria Geral da República, que está investigando o caso”, informa InSight Crime.
As terras privatizadas pertenciam originalmente a Alfredo Stroessner e Mario Abdo Benítez, pai do atual presidente com o mesmo nome. As propriedades deveriam abrigar trabalhadores municipais, mas agora abrigam um grande shopping e um estacionamento lucrativo.
Ainda assim, a justiça tem demorado para investigar os negócios da família, em parte porque o casal e seus associados investigados entraram com moções para recusar os promotores, entre outras táticas que amarram o sistema judicial. Outros dizem que a conexão do clã com Cartes foi fundamental para o desenrolar da investigação. A família continuou a apoiar fortemente a facção de Cartes, e seus bens supostamente aumentaram após a eleição de Cartes para a presidência em 2013.
Mas a dissidência está aumentando. Pequenos protestos estouraram em Ciudad del Este contra a lentidão do sistema judiciário. E a família enfrentou desafios políticos, principalmente de um arrivista chamado Ulises Quintana.
A FESTA DE CUCHO
Segue o texto da revista, contando sobre a festança que Cucho Cabaña promoveu em março de 2018, para comemorar seus 33 anos. Ele chegou a um salão de baile de Ciudad del Este a bordo de seu Lamborghini Gallardo amarelo avaliado em quase 200 mil dólares. Vestido de preto e com seu característico boné de beisebol do New York Yankees, ele comemorou o aniversário com sete apresentações de música ao vivo e uma longa lista de convidados.
Estava no caminho de seu sonho, chegar ao que foi Pablo Escobar Gaviria. Cucho visitou Hacienda Napoles, de Escobar na Colômbia, e mais tarde construiu uma réplica para si mesmo no Paraguai. Ele também decorou sua nova casa com um grande número de fotografias, pinturas e todo tipo de mercadoria com a imagem do infame chefão.
Mais importante ainda, Cabaña queria construir um império da cocaína. Ele era dono de dois motéis, um karaokê, um salão de beleza, uma loja de equipamentos para veículos e um complexo esportivo onde instalou vários campos de futebol sintéticos.
Mas, como Escobar, Cabaña sabia que precisava de apoio político e judicial para conduzir suas operações antidrogas. Por isso, ele forjou uma aliança com uma vereadora de Ciudad del Este, Mabel Otazú, uma promotora chamada Mary Ramírez e vários policiais. Otazú é mãe de Diego Medina, o mesmo motorista que mais tarde seria parado pela polícia em Coronel Oviedo.
A partir daí, as conexões de Cabaña se expandiram. As investigações posteriores contra Cabaña e sua família revelaram uma rede complexa que envolveu comissários de polícia e advogados em diferentes partes do país. Cabaña também manteve laços estreitos com vários promotores e funcionários judiciais, pagando propinas que variaram de 400 dólares a 15 mil dólares a promotores do departamento de Alto Paraná, que fecharam os olhos para as operações do grupo, passaram informações ou até mesmo queimaram mandados de prisão dirigidos nos aliados de Cabaña.
Entre as 36 pessoas que acabaram sendo indiciadas em seu caso, dois eram promotores, três assistentes de procuradoria e 11 eram policiais. Mas, de acordo com o promotor responsável pelo caso, o aliado mais importante de Cabaña era o deputado Ulises Quintana.
Prossegue a revista: Por um tempo, a aposta de Cabaña em Quintana parecia um bom investimento. Quintana começou sua carreira política sob a proteção do clã Zacarías. No entanto, o poder do clã começou a declinar devido às citadas investigações por corrupção e enriquecimento ilícito de vários de seus membros.
Com o escândalo girando, Quintana alinhou-se com outra ala do Partido Colorado. Embora o poderoso Partido Colorado governe o Paraguai desde meados do século 20, e até tenha conseguido se manter no poder após a queda da ditadura do general Stroessner, atualmente está dividido em duas facções principais: Honor Colorado, chefiado pelo ex-presidente Cartes, e Colorado Añetete, liderado pelo agora presidente Mario Abdo Benítez.
Ainda assim, Quintana alardeava seus novos relacionamentos no partido e sua ligação com o presidente e acreditava que logo se tornaria intocável por causa disso.
“IMUNIDADE”
Durante a conversa telefônica depois que a polícia apreendeu os 190 mil dólares no posto de controle, Quintana implorou a seu parceiro, Cucho Cabaña, que tivesse paciência, pois a imunidade total estava a caminho depois que Abdo assumiu o “controle total” do país. Cabaña não se convenceu.
Mesmo assim, Cabaña buscou garantias próprias do novo presidente. O relacionamento é turvo, mas uma foto apareceu onde ele parece estar abraçando Abdo. Inicialmente, Cabaña negou a autenticidade da imagem alegando que era falsa e que nunca esteve com o presidente.
Abdo, no entanto, disse que tirou fotos com muita gente durante a campanha e simplesmente nem sempre sabia quem estava ao seu lado. O advogado de Cabaña disse então à imprensa que seu cliente havia dado à campanha de Abdo “a comida na mesa e muito mais”, uma referência velada a uma suposta contribuição de campanha de 500 mil dólares. O advogado disse mais tarde que o número era na verdade muito maior.
A VENDA DOS 53 QUILOS
Enquanto isso, as autoridades antidrogas paraguaias rastreavam quase todos os movimentos de Cucho Cabaña, incluindo o dinheiro que ele havia enviado a Assunção para pagar os 53 quilos de cocaína que o congressista Quintana supostamente havia garantido para ele.
Poucos dias depois de o dinheiro ter chegado a Assunção, os 53 quilos de cocaína estavam em Ciudad del Este. E no dia 31 de agosto, Cabaña e seu cunhado, Hugo Ríos, tramaram um plano para enviá-lo a um comprador no Brasil via Foz do Iguaçu. Ríos, dizem as autoridades, foi o cérebro operacional da organização em negócios como este.
Por volta da meia-noite do dia 1º de setembro, o motorista foi ao ponto de encontro na Vila C, bairro de Foz do Iguaçu que Cabaña costumava usar para entregar suas mercadorias. Mas, como o comprador não apareceu, o motorista se dirigiu ao posto de fronteira e esperou por Hugo Ríos. Os dois decidiram entregar a remessa juntos. Às 11h19, Ríos mandou uma mensagem para Cabaña: a cocaína estava nas mãos do comprador.
Em 2 de setembro, as autoridades brasileiras prenderam o comprador em Santa Terezinha de Itaipu, município vizinho a Foz do Iguaçu. Com ele estavam as drogas, a prova física que os agentes da Secretaria Nacional Antidrogas precisavam para finalizar o caso contra a organização criminosa.
Em 6 de setembro, eles lançaram a Operação Berilo, que incluiu 22 buscas e apreensões. Entre os primeiros a serem capturados estava Cabaña. Seguiram-se mais detenções, incluindo a de vários policiais e funcionários do Gabinete do Procurador-Geral. Em 21 de setembro, o deputado Ulises Quintana, que escapou durante a varredura inicial, se rendeu. Depois que o Congresso levantou sua imunidade, Quintana foi preso no presídio militar de Viñas Cué.
Claro que houve inúmeras acusações, de lado a lado, de que a prisão de Quintana tinha cunho político. De fato, a prisão foi vantajosa para os Zacarías, que emplacaram a mulher de Justo Zacarías, Rocío Abed, na cadeira que era de Quintana.
No entanto, as batalhas estavam apenas começando. Em julho de 2019, um novo áudio foi lançado ilustrando que Cabaña e seu advogado estavam tentando subornar políticos do Partido Colorado e buscar juízes solidários para minar o caso.
Naquele mesmo mês, Quintana foi libertado. E embora essa medida tenha sido revertida semanas depois, Quintana manteve sua cadeira no Congresso quando seus aliados saíram da sala no momento da votação para expulsá-lo, negando assim o quórum à oposição.
Por sua vez, o presidente Abdo tentou ficar fora da briga, com pouco sucesso. Disse várias vezes que não iria intervir a favor de ninguém. Afastou-se publicamente o máximo que pôde de Cabaña e, referindo-se a Ulises Quintana, disse: “Não haverá nenhum tipo de impunidade. Quem cai, cai. Ninguém é intocável, desde o presidente da república até a base. Essa é a ordem que eu dei a eles”.
A atitude de Cabaña em relação ao presidente Abdo também mudou radicalmente, de alegar que eles nunca se encontraram a chamar Abdo de “Judas”. Seu advogado disse mais tarde que o presidente era “ingrato”.
Por sua vez, Ulises Quintana foi autorizado a deixar a prisão preventiva em outubro de 2020, quando o Tribunal de Recursos Criminais suspendeu a decisão que o mantinha no presídio militar de Viñas Cué. Após sua libertação, em janeiro de 2021, o juiz presidente do caso autorizou Quintana a deixar a capital paraguaia e, pouco depois, o político anunciou sua intenção de concorrer à prefeitura de Ciudad del Este pelo partido Concordia Colorada.
O QUE ROLA EM CIUDAD DEL ESTE, SEGUNDO A INSIGHT CRIMES
Tráfico de armas
“É um comércio vibrante”, que tem como compradores as facções criminosas do Brasil, como o PCC, que prefere fuzis como o M16. O valor das apreensões em 2019, de 102 armas em Alto Paraná, sugere que o comércio de armamentos está na casa dos milhões de dólares.
Mas caiu um pouco nos últimos anos, porque os traficantes entregam as armas diretamente no Brasil, sem passar pelo Paraguai. Além disso, diz a Insight Crime, brasileiros (incluindo membros do PCC) podem comprar armas de fogo legalmente, em Ciudad del Este, e contrabandear para o Brasil.
Cocaína
Ciudad del Este é um ponto de trânsito da cocaína boliviana com destino ao Brasil e à Europa. O PCC tem forte presença no Alto Paraná, além de outras gangues brasileiras, clãs familiares e traficantes independentes. Os clãs familiares que controlam o microtráfico, vendendo crack, cocaína e maconha, podem ganhar centenas de milhares de dólares por ano. Em suma, o negócio de transporte de drogas é muito grande, talvez competindo até mesmo com os negócios de contrabando mais lucrativos, e o mercado local do tráfico de drogas é substancial.
Maconha
Devido à sua localização estratégica, na fronteira com a Argentina e o Brasil, Alto Paraná é um local chave para todo tipo de contrabando, incluindo maconha. Existem cerca de 300 portos clandestinos no Rio Paraná, de onde mercadorias, incluindo drogas, são enviadas para o Brasil – muitas vezes em lanchas.
A província de Misiones, na Argentina, na fronteira com Alto Paraná, também é a porta de entrada chave para a cannabis paraguaia, que pode ser transportada em grandes cargas de várias toneladas.
O PCC tem forte presença na área. A quadrilha usa Ciudad del Este como refúgio. Outras gangues brasileiras, como Primeiro Grupo
Tráfico de pessoas
Ciudad del Este é um grande centro urbano repleto de crimes transfronteiriços, incluindo tráfico de pessoas. As meninas são especialmente vulneráveis à exploração sexual no departamento. Agências de viagens falsas recrutam pessoas que pretendem viajar para o exterior, pagam suas despesas de viagem, mas acabam entregando-as a traficantes no México, Argentina ou Espanha. Ainda assim, os casos de tráfico humano são subnotificados, com as autoridades registrando apenas 17 casos em 2019.
Contrabando
Ciudad del Este é a segunda cidade mais importante do país, em grande parte devido ao comércio transfronteiriço com o Brasil e a Argentina. Muitos dos produtos vendidos nas ruas são contrabandeados ou falsificados. Tanto organizações criminosas proeminentes quanto organizações menores participam dessa economia criminosa, mais comumente contrabandeando eletrônicos e cigarros. A maior parte do contrabando é feito por via terrestre, mas existem cerca de 300 portos clandestinos ao longo do Rio Paraná também usados para essa atividade ilegal.
Lavagem de dinheiro
Ciudad del Este é considerada um importante polo de lavagem de dinheiro. Enormes fluxos comerciais oferecem diversas oportunidades para amenizar os lucros ilícitos, assim como o mercado de contrabando e as operações de câmbio na área da tríplice fronteira.
Sistemas informais de transferência de dinheiro, negócios de câmbio, combinados com controles frouxos nas fronteiras e uma grande economia de dinheiro – Ciudad del Este ocupou o terceiro lugar no ranking mundial em volume de transações em dinheiro no início dos anos 2000 – criaram fortes oportunidades criminosas para lavagem de dinheiro. Ciudad del Este pode ter desenvolvido um mercado para lavagem de dinheiro – estruturas que vendem seus serviços a vários criminosos e esquemas sofisticados envolvendo universidades.
Fontes
Este resumo da InSight Crime é baseado em investigações de campo em Alto Paraná e em quatro viagens a Assunção, onde a revista conversou com funcionários do Ministério do Interior, Procuradoria-Geral da República, Secretaria Nacional Anticorrupção, Secretaria Nacional Antidrogas de Drogas (Senad), Secretaria de Prevenção à Lavagem de Dinheiro ou de Ativos, Unidade de combate ao tráfico de pessoas do Paraguai, funcionários penitenciários, Direção Nacional de Aviação Civil, funcionários da inteligência policial, promotor de justiça antinarcóticos, funcionários da alfândega, gabinete do governador, organização internacional que trabalha na prevenção da tortura, polícia brasileira, organizações não governamentais que trabalham com direitos humanos e jornalistas locais, a maioria dos quais solicitou anonimato.
A InSight Crime também se baseou em informações fornecidas pelo Ministério do Interior, Diretoria Geral de Estatísticas, Pesquisas e Censos e na imprensa local.
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