Pedido de criação de um “corredor turístico”, sem necessidade de registro migratório, voltará a ser apresentado ao governo.
Entidade representativa do setor empresarial no lado argentino, a Câmara de Comércio de Puerto Iguazú voltará a propor às autoridades do país a criação de um “corredor turístico” na Ponte Tancredo Neves. O objetivo é diminuir a burocracia, eliminando as longas filas para fiscalização de documentos e mercadorias.
A proposta, discutida há vários anos na fronteira, é adotar sistema similar ao que existe na Ponte Internacional da Amizade, entre Foz do Iguaçu e a paraguaia Ciudad del Este. No local, as vistorias são feitas por amostragem, e apenas quem viaja a mais de 30 quilômetros da via fronteiriça está obrigado a fazer os registros de entrada e saída dos países.
Na última quarta-feira (29), Joaquín Barreto, presidente da Câmara de Comércio, esteve em Córdoba para participar de reunião da Confederação Argentina das Médias Empresas (CAME) e buscar apoio para a proposta, que tem esbarrado na pouca disposição do governo argentino para abrir exceções aos protocolos migratórios e aduaneiros.
“Apresentamos nossa inquietude na reunião da Comissão de Fronteira e Legalidade da CAME”, disse Barreto ao jornal El Territorio. “O objetivo é conseguir com que cada uma das pessoas que queiram ir apenas a Puerto Iguazú não precisem fazer o trâmite migratório, que ficaria somente para aquelas pessoas que não vão permanecer na cidade.”
“Sabemos que obter esse corredor turístico não é fácil, será um caminho difícil. Há muitas instituições que se somaram, e, através da CAME e da Comissão de Fronteira e Legalidade, vamos tratar de chegar até o governo com o pedido”, complementou o dirigente, acrescentando que fará, na próxima reunião da entidade, uma exposição detalhada a todos os interessados.
Um dos pontos debatidos nos últimos anos é a instalação de um posto de controle na Rodovia Nacional 12, fora do perímetro urbano de Puerto Iguazú, para evitar que pessoas que não tenham feito os trâmites avancem em direção às demais áreas do território. Tal proposta, no entanto, nunca teve o aval do governo argentino, que prefere manter as atividades concentradas no acesso à Ponte Tancredo Neves.
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