Em nova ocorrência do gênero, um turista brasileiro de 35 anos, de primeiro nome Elton, procedente do Rio Grande do Sul, foi vítima de um assalto na área central de Ciudad del Este, na manhã de terça-feira (5). O caso foi denunciado à Polícia Nacional do Paraguai e ao Escritório Municipal de Defesa do Consumidor.
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Conforme o relato, o brasileiro foi abordado por um suposto “guia de compras”, nas proximidades da rotatória da Monalisa, e levado até uma loja “fake” na Avenida Adrián Jara, uma das vias mais movimentadas do lado paraguaio da fronteira.
Uma vez no interior do estabelecimento, que tinha apenas um nome genérico na fachada, o turista foi conduzido a uma sala nos fundos e rodeado por indivíduos que ofereceram a venda de armas, munições e cigarros.
Como o brasileiro não demonstrou interesse, teve todo o dinheiro da carteira (um valor entre R$ 400 e R$ 800) roubado e foi coagido a desbloquear o celular para fazer transferências pelo PIX, algo que não ocorreu porque não foi possível utilizar o sistema. Ao sair, a vítima foi ameaçada para que não denunciasse o caso às autoridades.
Orientado por taxistas, o turista procurou o 1.º Distrito Policial (Comisaría Primera) da Polícia Nacional do Paraguai para registrar o boletim. Funcionários do Escritório Municipal de Defesa do Consumidor também foram acionados, mas nenhum dos assaltantes foi localizado.
A ocorrência foi informada ao promotor Alcides Giménez, do Ministério Público do Paraguai, que solicitou a documentação sobre o caso e requisitou imagens das câmeras das proximidades para tentar identificar os autores do crime. Os nomes dos locatários da sala comercial (provavelmente “laranjas”) não foram divulgados.
Desde o início do ano, representantes do setor empresarial de Ciudad del Este têm cobrado, das autoridades locais, atitudes firmes contra esse tipo de crime, que prejudica a imagem de todo o comércio no lado paraguaio da fronteira. Apesar dos compromissos assumidos, a prática continua ocorrendo.
Nem adianta cobrar do governo paraguaio…o presidente não quer cobrar impostos… então sem dinheiro não tem investimento em segurança pública.