Corrupção: veja a posição de Brasil, Paraguai e Argentina no Índice de Percepção

Levantamento anual da organização Transparência Internacional coloca o Uruguai como o país mais bem avaliado da América do Sul.

A organização não governamental Transparência Internacional elabora, anualmente, um relatório com seu Índice de Percepção de Corrupção (IPC), considerado o principal indicador mundial na área. O estudo, feito em 180 países, leva em conta as avaliações de especialistas e cidadãos em relação a aspectos como governança e integridade.

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Na edição de 2022, divulgada no primeiro trimestre de 2023, o topo da lista de países considerados menos corruptos está ocupado, nessa ordem, por Dinamarca (1.ª colocada), Finlândia e Nova Zelândia (empatadas na 2.ª posição), Noruega (4.ª), Cingapura e Suécia (empatadas na 5.ª colocação).

A líder Dinamarca somou 90 pontos, de uma escala de 0 a 100 onde 0 significa “altamente corrupto” e 100 indica “muito íntegro”. A última colocada, com apenas 12 pontos, é a Somália, com Síria e Sudão do Sul (13 pontos), Venezuela (14) e Iêmen (16) completando a lanterna.

Panorama geral do ranking. Gráfico: Transparência Internacional
Panorama geral do ranking. Gráfico: Transparência Internacional

Entre os países da América do Sul, o Uruguai é o mais bem avaliado (14.º), com 74 pontos, empatado com Estônia, Canadá e Islândia e à frente de Bélgica, Japão, Reino Unido, França e Estados Unidos. A pior é a Venezuela, com 14 pontos, na 177.ª posição.

Países da América do Sul no IPC:
14.º – Uruguai (74 pontos)
27.º – Chile (67 pontos)
85.º – Guiana (40 pontos)
85.º – Suriname (40 pontos)
91.º – Colômbia (39 pontos)
94.º – Argentina (38 pontos)
94.º – Brasil (38 pontos)
101.º – Equador (36 pontos)
101.º – Peru (36 pontos)
126.º – Bolívia (31 pontos)
137.º – Paraguai (28 pontos)
177.º – Venezuela (14 pontos)

Brasil e Argentina estão empatados na intermediária 94.ª posição mundial, com 38 pontos e atrás de vizinhos como Chile, Guiana, Suriname e Colômbia. Já o Paraguai, na incômoda 137.ª colocação global, com 28 pontos, é o vice-lanterna do continente, atrás de Equador, Peru e Bolívia e à frente apenas da Venezuela.

Brasil

Com 38 pontos, o Brasil está estagnado no ranking, com a mesma pontuação há três anos e a mesma nota de países com menor desenvolvimento institucional, como é o caso de Etiópia e Tanzânia. A pior avaliação brasileira foi nos anos de 2018 e 2019: 35 pontos.

“Entre 2012 e 2022, o Brasil perdeu 5 pontos no Índice de Percepção da Corrupção e caiu 25 posições, saindo da 69ª para a 94ª colocação. Os 38 pontos alcançados pelo país em 2022 representam um desempenho ruim e o coloca abaixo da média global (43 pontos), da média regional para América Latina e Caribe (43 pontos), da média dos BRICS (39 pontos) e ainda mais distante da média dos países do G20 (53 pontos) e da OCDE (66 pontos)”, descreve a Transparência Internacional.

Desempenho brasileiro desde 2012. Gráfico: Transparência Internacional
Desempenho brasileiro desde 2012. Gráfico: Transparência Internacional

“Esse resultado é um reflexo direto do desmanche promovido pelo governo Bolsonaro sobre os marcos legais e institucionais anticorrupção que o Brasil levou décadas para construir e da degradação sem precedentes do regime democrático que o país sofreu ao longo dos últimos quatro anos”, analisa a organização, cujo relatório, na íntegra, pode ser lido clicando aqui.

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