Governo e empresas brasileiras já estão em contato com o Paraguai, de olho em direcionar para o mercado do Brasil parte da produção de arroz do país vizinho. O objetivo é mitigar o efeito das perdas geradas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
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Principal produtor de arroz no Brasil, o estado gaúcho terá perdas em suas lavouras, ainda não calculadas. O estoque imediato está garantido, mas há temor em relação à elevação dos preços ao consumidor até que a produção seja normalizada.
Uma das opções geograficamente mais próximas é aumentar as importações de arroz do Paraguai. Atualmente, o país vizinho exporta seus grãos para diversos países, incluindo destinos na Europa e Oriente Médio.
Em entrevista ao jornal La Nación, o representante da Federação Paraguaia de Produtores de Arroz (Feparroz), Reinerio Franco, confirmou a projeção de disponibilidade de cerca de 500 mil toneladas do produto até o final do ano.
“Se levarmos em conta dados históricos, o Brasil consome entre 11 e 12 milhões de toneladas de arroz por ano e produz entre 10 e 11 milhões, com déficit de 1 milhão”, ponderou. “O arroz paraguaio é o arroz mais à mão que o Brasil tem.”
A produção paraguaia de arroz é feita, principalmente, nos departamentos (estados) da Região Sul, nas proximidades da fronteira com a Argentina. A área também está sendo afetada pelas chuvas, embora não na mesma proporção que o Rio Grande do Sul.
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