
Contagem regressiva na Ponte Tancredo Neves, entre Brasil e Argentina, para mais uma travessia de elefante. A primeira ocorreu em 2020, quando a fronteira estava fechada devido à pandemia de covid-19, mas foi especialmente reaberta para o procedimento.
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De acordo com a organização responsável pelo transporte, a viajante da vez será a fêmea Pupy, que vive no antigo zoológico de Buenos Aires. Pupy terá como destino o Santuário de Elefantes Brasil (SEB), localizado na Chapada dos Guimarães (MT).

No local, as diferentes espécies de elefante podem viver em espaço aberto, com características parecidas com as dos ambientes originais na África e na Ásia.
Conforme o SEB, a saída de Pupy estava prevista para este sábado (22). O trajeto entre Buenos Aires e o Centro-Oeste brasileiro totaliza 2,6 mil quilômetros. O deslocamento ocorrerá por etapas, de forma a manter a tranquilidade do elefante.
A entrada em território brasileiro, pela Ponte Tancredo Neves, em Foz do Iguaçu, está inicialmente estimada para a manhã de segunda-feira (24). Tal cronograma, contudo, poderá sofrer alterações, a depender do ritmo da viagem.
O custeio das transferências acontece, principalmente, com o apoio de doadores e organizações ambientais. No caso dos elefantes que viviam em Buenos Aires, a mudança ocorre devido à desativação do espaço, transformado em um parque ecológico.
Da espécie popularmente conhecida como elefante africano, Pupy tem 35 anos e estava na capital argentina desde 1993. A fêmea é originária do Parque Nacional Kruger, uma das reservas mais conhecidas do mundo, na fronteira entre África do Sul e Moçambique.
Cuidados com a saúde do elefante
A viagem ocorre de forma lenta e sem a sedação do elefante. Nos dias anteriores ao deslocamento, o animal passa por um processo de aclimatação, para habituar-se ao veículo especial no qual permanecerá durante o percurso.
Originalmente, a proposta do SEB era transportar não apenas Pupy, mas também o macho Kuky, com quem ela formava casal. Entretanto, Kuky faleceu em outubro do ano passado, ainda antes da conclusão da estrutura que o abrigaria no Brasil.