Boletim médico indica melhora do ex-presidente Fernando Lugo

Ex-bispo católico sofreu um AVC na última quarta-feira (10) em seu gabinete no Senado do Paraguai.

Ex-bispo católico sofreu um AVC, na última quarta-feira (10), em seu gabinete, no Senado do Paraguai.

Internado desde a última quarta-feira (10), quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico enquanto trabalhava no Senado do Paraguai, o ex-presidente e atual senador Fernando Lugo, de 71 anos, apresenta quadro favorável e pode ter a sedação removida nas próximas horas, conforme o último boletim médico.

No dia seguinte ao AVC, Lugo precisou passar por uma cirurgia que durou cerca de quatro horas. Desde então, vem demonstrando melhora progressiva, embora seu estado ainda seja delicado. Não há previsão de alta da unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital particular Migone, localizado na capital paraguaia, Assunção.

“O senador Lugo continua com um prognóstico reservado, mas com sinais de evolução muito positivos. Sua evolução foi estável nas últimas 24 horas, cumprindo as metas traçadas em relação ao tratamento”, informou o médico e também senador Jorge Querey, que prestou o primeiro atendimento ao colega parlamentar.

Fernando Lugo é hipertenso e, dias antes do AVC, teve uma crise durante viagem à Colômbia, onde prestigiou a cerimônia de posse do presidente Gustavo Petro. Nos anos em que presidiu o Paraguai, o ex-bispo católico foi diagnosticado com câncer, tratado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Eleito em uma aliança composta por movimentos de esquerda e pelo tradicional Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), Lugo teve de renunciar à Igreja Católica para dedicar-se à política. Em julho de 2012, faltando pouco mais de um ano para o término do mandato, sofreu processo de impeachment e foi substituído pelo vice, Federico Franco, do PLRA.

A vitória de Lugo na eleição de abril de 2008 foi considerada histórica na política do Paraguai, país que era governado pelo Partido Colorado, de direita, desde 1947. Dos 61 anos de domínio colorado, 35 (de 1954 a 1989) foram de ditadura do general Alfredo Stroessner, destituído pelo também general Andrés Rodríguez.

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